A importância da alimentação para quem tem síndrome Down
Postado em: 25/05/2019
Independente da idade, uma alimentação saudável é essencial para um bom desenvolvimento e saúde. Para quem tem síndrome de Down não é diferente, porém a alimentação saudável pode trazer resultados ainda mais importantes.
Pessoas com síndrome de Down têm menos liberação de hormônio que nos dá saciedade ao comer, sendo uma predisposição à obesidade. Além disso, a hipotonia (diminuição no tônus muscular que deixa a criança mais “molinha”), que é uma característica comum em crianças com a síndrome, faz com que elas gastem menos energia do que as outras crianças, além de levar à constipação intestinal (prisão de ventre) crônica, uma vez que o intestino não consegue a força o suficiente para expelir as fezes.
Consumir os alimentos certos pode ajudar a reduzir esse problema, bem como combater a tendência ao envelhecimento precoce, outra característica frequente em pessoas com síndrome de Down.
Para o recém-nascido, uma coisa é indiscutível: não existe nenhum alimento melhor para o bebê, com ou sem a síndrome de Down, do que o leite materno. A mãe pode ajudar a enriquecer seu leite comendo bastante proteína magra, frutas e verduras a vontade, além de ingerir carboidratos integrais e abusar dos líquidos. Ao sugar o leite da mãe para se alimentar, o bebê já está fazendo primeiro “exercício de fonoaudiologia” do bebê, já que seus movimentos são fundamentais para exercitar e fortalecer a musculatura da boca e da mandíbula. Além disso, a amamentação também previne a obesidade.
Leia mais: Vamos falar sobre amamentação? Primeiros passos.
Ao chegar à fase da papinha e alimentos pastosos, o uso do liquidificador deve ser evitado, priorizando alimentos amassados com um garfo para que a criança não se acostuma a papinhas muito trituradas, o que ajuda a evitar dificuldades de mastigação e deglutição no futuro.
Quando a criança já estiver em idade de ter uma alimentação tradicional, acostumar a criança a ter uma alimentação mais saudável, com poucas massas, gorduras e doces, e ter o hábito de comer apenas até ficar satisfeito é muito importante.
Para carboidratos, deve-se dar preferência a alimentos integrais ou tubérculos como batata-doce que, além de terem fibras, liberam os componentes de maneira mais lenta e trazem saciedade por mais tempo.
Já a ingestão de fibras por meio de alimentos como laranja, mamão, pêra e linhaça deve ser reforçada, pois facilita a evacuação.
Também é importante que as crianças com a síndrome tenham uma alimentação rica em vitaminas e substâncias antioxidantes. Isso porque o organismo delas sofre mais ação de oxidantes que aceleram o envelhecimento das células e reforçam o sistema imunológico. O zinco está presente em grandes quantidades nas ostras e também em diversos alimentos que podem ser encontrados com mais facilidade, como todos os tipos de carne e oleaginosas (como nozes e castanhas). Já o selênio, por exemplo, pode ser ingerido por meio de alimentos como sardinha e castanha-do-pará, e ajuda a prevenir infecções, problemas na tireoide, fortalecendo o sistema imunológico.
Um acompanhamento nutricional em parceria com o pediatra da criança é de suma importância para garantir um bom desenvolvimento de quem tem síndrome de Down. Seguir as orientações médicas com cuidado e sempre dar atenção ao assunto garantirá boa saúde, menos preocupações aos pais e menos desconfortos à criança.
Qualquer dúvida procure sempre um pediatra. Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).