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A amamentação é um conjunto de processos. Não basta apenas o correto funcionamento das glândulas mamárias. Ela envolve outros fatores, que incluem o desejo da mãe de amamentar, o estado emocional e psicológico para tal, a sucção correta do bebê e todo o apoio e orientação segura de um profissional competente.

Os recentes avanços na medicina e suporte social aumentaram a expectativa de vida dessa população. Vamos entender os problemas mais comuns de pessoas com SD.

 

Em bebês com Síndrome de Down este desafio pode ser maior. Nos primeiros dias, a sucção do bebê com trissomia 21 pode ser um pouco mais fraca, devido ao tônus muscular diminuído. Importante saber que TODO bebê com T21, que não tenha contra indicações, claro, é capaz de mamar no peito. É importante que profissionais capacitados auxiliem nesse processo, que já é desafiador para a maioria das mulheres. Ser um bebê com T21 NÃO é indicação de UTI e sonda nasogástrica, como já vi fazer em algumas maternidades. Procure profissionais capacitados em orientar a amamentação e que conheçam as particularidades da síndrome.

Muitas mães, ao receber a notícia, quando o diagnóstico vem após o nascimento, podem passar por um período de luto. É comum as famílias relatarem com tristeza o modo como lhes foi dada a notícia da Trissomia 21. Esse processo pode impactar a amamentação, uma vez que o estresse atrapalha a produção de leite.

Cada mulher tem seu tempo e processo na aceitação de algo que foge da expectativa criada. Respeite seu tempo e procure profissionais para lhe amparar psicologicamente caso sinta necessidade.

Assim como para todas as crianças, a amamentação traz muitos benefícios para o bebê com Síndrome de Down. Além de nutrição, o aleitamento proporciona inúmeros benefícios imunológicos através da passagem de anticorpos. Vale lembrar que alterações imunológicas são frequentes na Trissomia 21 e o leite materno pode ter grande impacto na prevenção de quadros infecciosos.

Benefícios

O aleitamento materno em bebês com Síndrome de Down tem impacto em melhorar o tônus de toda musculatura oro-facial, melhorando a respiração.

O bebê deve respirar pelo nariz. A amamentação é fundamental para isso.

Outras características da hipotonia facial, como a protrusão da língua (ela fica de fora da boca), também são auxiliadas com o ato de amamentar.

Cada bebê com Síndrome de Down deve ter uma avaliação individual.

Dicas para uma amamentação segura em bebês com Síndrome de Down

Outra situação que pode ser mais desafiadora em bebês com Trissomia 21 é a sonolência no primeiro mês de vida. É comum que eles durmam entre as mamadas e façam mamadas curtas por conta disso. Também podem dormir mais profundamente, não acordando nos intervalos seguros. Por isso, nas primeiras, orientamos tirar toda roupa e tentar despertar bem o bebê a cada 3 horas, tentando fazer mamadas efetivas a cada vez.

Para isto e outras situações, separei algumas dicas:

  • Estimule sempre seu bebê a mamar. Posições que favorecem o sono, principalmente deitado, é bom evitar;
  • Carinhos vigorosos nos pés e na cabeça também ajudam;
  • Opte por posições em que ele só precise gastar energia para mamar; você pode usar travesseiros e almofadas para ajudar. É interessante mantê-lo posição horizontal;
  • Procure massagear as mamas antes da mamada. Isto também ajuda na diminuição do gasto de energia na sucção;
  • Não esqueça sempre do seu acompanhamento pediátrico, ele ajuda a verificar a eficácia das mamadas.

Como saber se a amamentação está funcionando?

Além do acompanhamento pediátrico, você pode verificar se a amamentação está funcionando diante dos seguintes questionamentos:

  • O bebê está engordando, conforme o esperado?
  • Ele produz, ao menos, cinco fraldas molhadas por dia?
  • Ele evacua, ao menos, uma vez a cada 24 horas?
  • O bebê está hidratado? Sua pele é elástica?

Para mais dicas e sugestões, entre em contato comigo!