Dificuldade na fala? Pode ser Apraxia.
Postado em: 01/07/2019
A Apraxia de Fala na Infância (AFI) é um diagnóstico novo que vem estado cada vez mais em evidência. O distúrbio afeta 1% da população em geral e até 60% das pessoas com síndrome de Down.
Trata-se de um distúrbio de caráter neurológico que atrapalha a criança na capacidade do planejamento da fala, ou seja, a Apraxia interfere na hora de realizar os movimentos necessários para que a boca, mandíbula e cordas vocais produzam a fala.
Elas compreendem a linguagem suficientemente bem, mas elas não conseguem planejar os movimentos para a fala ocorrer, no tempo certo, da forma certa.
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Antigamente, Apraxia era um termo utilizado apenas para se referir a situações neurológicas que ocorriam com pessoas que já falavam e sofreram algum mal que fez com que elas tivessem algum prejuízo ou perda total da fala, as crianças em desenvolvimento da fala e linguagem eram deixadas de lado. Hoje em dia, a dificuldade no processo inicial de aprendizagem, prejudicado pelas características já citadas, também passaram a ser classificadas como com Apraxia.
As características mais relevantes para considerar no diagnóstico da Apraxia são:
- Ausência ou repertório limitado de fonemas e sons novos que demoram a aparecer;
- Inconsistências (a criança faz sons e palavras, mas não consegue fazer mais ou perde o que já falava);
- Dificuldades em produzir até mesmo as vogais, de forma voluntária;
- Quando vai iniciar a produção de algum som ou palavras, a criança hesita ou fica “ensaiando” como realizará o movimento;
- Dificuldade de passar de um som para outro (fala vogais e fonemas de forma isolada, mas não consegue juntar em palavras);
- Dificuldade com a acentuação das palavras e entonação;
- Quanto maior a palavra (mais sílabas), maior a dificuldade.
O que pode ser feito para ajudar a passar por essa condição?
- Buscar o diagnóstico correto com uma pediatra experiente;
- A terapia individual, frequente, intensiva, dará à criança oportunidades de praticar o planejamento, a programação e a produção adequada dos movimentos da fala;
- Buscar uma forma de comunicação enquanto a criança está aprendendo a falar claramente, por exemplo, meios alternativos ou complementares de comunicação;
- Buscar ajuda para manter as terapias fonoaudiológicas nos serviços de saúde e seguros de saúde;
- Pais e cuidadores devem estar envolvidos no processo terapêutico e praticar com a criança em casa;
- Cuidado e suporte dos familiares, amigos, professoras e toda a comunidade.
Com a terapia fonoaudiológica adequada e o suporte de toda a comunidade, crianças com Apraxia podem e terão progressos na habilidade de falar.
Qualquer dúvida procure sempre um pediatra. Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).