Vacinação. A grande ameaça das Fake News.
Postado em: 12/08/2019
O Brasil enfrenta uma epidemia de notícias falsas amplamente disseminadas nas redes sociais.
A saúde é um dos principais temas abordados pelas fake news – vacinação, alimentos milagrosos e cura do câncer são os assuntos que mais se repetem entre as informações que não possuem nenhuma base científica e “viralizam” na internet.
Leia mais em VACINAÇÃO. SAIBA TUDO SOBRE!
As fakes news estão sendo apontadas pelo Ministério da Saúde como um dos motivos da queda dos números relacionados à imunização no país. Assim, mesmo doenças que já foram erradicadas como resultado efetivo das campanhas de vacinação, correm o risco de retornar e comprometer à saúde da população pela disseminação de Fake News, agravando o cenário contra a imunização.
Leia mais em “Sarampo. Saiba mais sobre a doença que está de volta.”
O Ministério da Saúde, de forma inovadora, passou a disponibilizar um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando.
Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61)99289-4640
Fora isso, o Ministério da Saúde criou uma página exclusiva para a avaliação pública das Fake News sobre qualquer assunto relacionado a saúde, o http://www.saude.gov.br/fakenews, que podem ser feita por qualquer cidadão.
Para isso basta entrar no site do Ministério da Saúde e pesquisar o assunto por título no “campo de busca de Fake New”. O assunto será classificado com um “selo” que classifica se é uma Fake News ou não, e esclarece sobre o assunto pesquisado.
Algumas das fake news mais pequisadas atualmente dentro da temática “vacinas” são:
Vacinas causam autismo
Não, vacinas não causam autismo. Um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre uma possível relação entre a vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e o autismo, foi posteriormente considerado seriamente falho e o artigo foi retirado pela revista que o publicou.
Uma melhor higiene e saneamento farão as doenças desaparecerem – vacinas não são necessárias
As vacinas são necessárias, assim como a higiene e o saneamento. As doenças que podem ser prevenidas por vacinas retornarão caso os programas de imunização sejam interrompidos. Uma melhor higiene, lavagem das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infecciosas. Entretanto, muitas dessas infecções podem se espalhar, independente de quão limpos estamos.
As vacinas têm vários efeitos colaterais prejudiciais e de longo prazo que ainda são desconhecidos. A vacinação pode ser até fatal
Não é verdade. As vacinas são muito seguras. A maioria das reações são geralmente pequenas e temporárias, como um braço dolorido ou uma febre ligeira. Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados. É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina. A poliomielite, por exemplo, pode causar paralisia; o sarampo pode causar encefalite e cegueira; e algumas doenças preveniveis por meio da vacinação podem até resultar em morte.
As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar
Não se pode relaxar em relação à vacinação. Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Em um mundo altamente interligado, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Desde 2005, por exemplo, na Europa Ocidental ocorrem focos de sarampo em populações não vacinadas (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça e Reino Unido). Dessa forma, as duas principais razões para a vacinação são proteger a nós mesmos e também as pessoas que estão à nossa volta.
Aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo em uma criança pode aumentar o risco de eventos adversos prejudiciais, que podem sobrecarregar seu sistema imunológico
Não é verdade. Evidências científicas mostram que aplicar várias vacinas ao mesmo tempo não causa aumento de eventos adversos sobre o sistema imunológico das crianças. Elas são expostas a centenas de substâncias estranhas, que desencadeiam uma resposta imune todos os dias. O simples ato de comer introduz novos antígenos no corpo e numerosas bactérias vivem na boca e no nariz. Uma criança é exposta a muito mais antígenos de um resfriado comum ou dor de garganta do que de vacinas. As principais vantagens de aplicar várias vacinas ao mesmo tempo são: menos visitas ao posto de saúde ou hospital, o que economiza tempo e dinheiro; e uma maior probabilidade de que o calendário vacinal seja completado. Além disso, quando é possível ter uma vacinação combinada – como para sarampo, caxumba e rubéola – menos injeções são aplicadas.
Qualquer dúvida procure sempre um pediatra. Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).
Fonte de consulta: http://www.saude.gov.br/