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Vamos falar sobre Alimentação Seletiva?

Postado em: 30/09/2019

Existem situações em que o pequeno se nega a se aventurar nos alimentos que são necessários para um bom desenvolvimento de sua saúde, como frutas, legumes e vegetais. Chamamos essas situações nem um pouco incomuns de “alimentação seletiva”

O quadro de alimentação seletiva geralmente aparece a partir dos dois anos, durante a primeira infância, que é quando a velocidade do crescimento da criança costuma começar a diminuir e, consequentemente, há uma redução da fome, também é quando a criança começa a ter mais autonomia sobre suas escolhas, incluindo quanto a sua de alimentação. Acontece, que quando não controlada, essa situação pode acentuar-se e permanecer até mesmo depois da adolescência, podendo ocasionar vários danos ao desenvolvimento da criança, negligenciando sua nutrição durante a tão importante fase de crescimento.

É comum que crianças se recusem a provar àquilo que não estão acostumados, ou rejeitem alimentos simplesmente pela cor, textura, sabor, aspectos ou cheiro, deixando os pais em desespero, fazendo com que ofereçam guloseimas, massas, processados ou qualquer outra comida não tão saudável que pareça interessante e irrecusável, com medo de que os pequenos não comam nada. O que é um  grande erro.

Estar atento a o que está sendo ofertado aos pequenos é mais importante ainda no caso das crianças com síndrome de Down, que costumam apresentar quadros de constipação intestinal crônica, uma vez que o tecido muscular do intestino grosso não consegue realizar os movimentos peristálticos com força o suficiente para expelir as fezes.Isso porque elas nascem com o que chamamos de hipotonia, ou seja, são mais “molinhas”, o que também faz com que gastem menos energia no seu dia-a-dia em comparação com outras crianças sem a síndrome, estimulando tendências a obesidade ao longo de sua vida.

Leia mais em “Obesidade infantil. Uma condição cada vez mais presente.”

Leia mais em “A importância da alimentação para quem tem síndrome Down”

A criança seletiva, geralmente, apresenta três características mais marcantes: recusa alimentar, relata pouco apetite e não apresenta interesse pelo alimento. O medo de experimentar novos alimentos também é muito frequente nestas crianças. Suas preferências estão quase sempre entre os alimentos industrializados, processados ou extremos de doce ou salgado.

Atravessar essa fase e encontrar uma solução para a falta de interesse pelos novos alimentos costuma ser bastante estressante, às vezes trazendo a tona reações indesejáveis por parte dos pais preocupados com a saúde os pequenos e muitas vezes pressionados por amigos e familiares.

Obrigar a criança a ingerir aquilo que ela não demonstra interesse, ou toda hora ficar reforçando que aquela criança é ruim para comer ou não gosta de comer determinado alimento, é uma péssima iniciativa, uma vez que ela pode realmente levar consigo esta crença sobre si e, inconscientemente, isso influenciará em sua personalidade. Assim, as refeições precisam ser realizadas em ambientes agradáveis, sem brigas ou pressão.

Fazer refeições em família também pode ser uma boa dica para driblar essas situações, incluindo a criança no preparo das refeições criando momentos em que ela tenha oportunidade de estar perto dos alimentos sem ter a obrigação de comer, criando interesse por aquilo que ela pôde estar incluída, ou simplesmente começar dando o exemplo ao se alimentar junto dela, sem distrações de tablets, TV ou brinquedos que podem tirar o foco da alimentação da criança.

De qualquer maneira, a orientação com um profissional especializado em alimentação infantil pode ser importante para ajudar a lidar com a seletividade da criança e com o estresse. Dependendo do caso, pode ser preciso buscar mais de um profissional, como pediatra, gastropediatra, fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional ou psicólogo.

Qualquer dúvida procure sempre um pediatra. Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).


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