BLW vs Método Tradicional. Qual o melhor método de introdução alimentar?
Postado em: 14/10/2019
Muitos pais não veem a hora de poder alimentar seus filhos com algo além do tradicional leite materno. A introdução da alimentação complementar do bebê representa um momento especial e uma grande aventura para toda a família.
Introdução alimentar é o termo que usamos para definir aquela fase em que o bebê deixa de se alimentar exclusivamente de leite materno e passa a se aventurar em outros alimentos que, até então, pertencia somente ao mundo dos adultos.
Quando falamos de introdução alimentar complementar, sabemos que o ideal é que essa etapa aconteça somente a partir dos 6 meses de vida, onde até então, a alimentação do pequeno deve ser exclusivamente baseada no leite materno, que deve continuar presente em sua alimentação até os dois anos de idade. É nesse momento em que a criança já tem um desenvolvimento adequado para provar novos gostos, texturas, temperaturas… E, é claro, gera uma série de dúvidas e curiosidades: será que o bebê vai gostar de comer? O que posso e o que não posso dar? Quanto oferecer? Será que estou fazendo do jeito certo?
Leia mais em “Vamos falar sobre amamentação? Primeiros passos.”
Sempre se teve como referência de introdução alimentar correta, que a melhor coisa a se fazer quando se trata da alimentação dos pequenos, é os pais e cuidadores assumam total controle da situação: definindo o melhor horário, escolhendo o local adequado, estipulando a quantidade de comida de cada refeição e definindo que o mais adequado seria que nessa fase a criança somente se alimentasse a base de sopas, papinhas e outras preparações líquidas. Nesse caso, o fato de o pequeno não aceitar tudo significava “problema”, a criança deveria comer e aceitar tudo sempre!
Leia mais sobre em: “Vamos falar sobre Alimentação Seletiva?”
Mas você sabia que existe mais de um método de introdução alimentar?
O método tradicional, que por mais que seja o mais “antigo” não significa que seja mais adequado ou inadequado que nenhum outro, traz a orientação de inicialmente ofertar-se alimentos em forma de papas e purês e com o passar do tempo a evolução de consistência deve ser adaptada para papas com pedaços maiores de alimentos, até chegar a consistência da família, devendo ocorrer ao completar 12 meses.
Desde então, muita coisa mudou e hoje existe uma modalidade diferente de introdução da alimentar complementar que ganha bastante espaço entre as famílias. É o método BLW. Do inglês “Baby Led Weaning”, que a grosso modo significa “desmame que o bebê lidera” o BLW é uma nova estratégia para alimentar o bebê onde ele recebe a comida da família na consistência habitual, não em papinhas líquidas, e é encorajado a pegar os alimentos ele mesmo e levá-los à boca. Sendo assim, acaba sendo uma forma diferente de conduzir a introdução alimentar dita tradicional.
Fazendo uma comparação simples e clara, no BLW o bebê come com as mãos no seu tempo controlando diretamente a quantidade de alimento que vai comer, o que faz com que normalmente a sujeira seja maior e leve um tempo geralmente muito maior para que o bebê se alimente suficientemente, enquanto no método tradicional o cuidador é quem controla e oferece o alimento com colher, fazendo com que a sujeira na hora de comer seja mais “controlada” e o tempo gasto com essa “tarefa” seja muito menor e bem mais e prático. Além disso, diferente do método tradicional onde os sabores dos ingredientes da comida ofertada se misturam de forma homogênea em uma papinha, no BLW o bebê explora as cores e texturas de cada alimento que ele está entrando em contato.
Leia mais sobre em “Como iniciar a introdução alimentar complementar no método BLW.”
Os dois métodos são amplamente defendidos por especialistas, que escrevem artigos e mais artigos que apontam várias vantagens e desvantagens em cada método detalhadamente. Mas é de concordância comum que, o melhor método é aquele que se adequa melhor a realidade de cada família, e que trabalhar com uma forma mista dos dois também é uma boa alternativa para quem não quer mergulhar de cabeça em apenas um dos dois.
O que é importante mencionar novamente, é que independente da escolha de introdução alimentar, ela só é recomendada a partir do sexto mês de vida do bebê. Até os 6 meses a indicação é de aleitamento materno exclusivo ou de leites especiais, em casos específicos.
Outra dica que vale para introdução alimentar de modo geral é: atenção nos temperos! Não faça o uso de sal e açúcar, pois sua ingestão é contraindicada nesta idade e com isso o pequeno também tem a chance de conhecer os sabores tradicionais dos alimentos. Fique atento na quantidade de óleo durante os preparos e aproveite para prestar atenção nos alimentos ofertados a criança, seja em formato de papinha ou não, lembrando sempre que uma boa alimentação pode trazer benefícios que vão muito além de simplesmente matar a fome.
Saiba mais sobre em: “Como estimular o sistema imunológico com a alimentação!”
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