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Como iniciar a introdução alimentar complementar no método BLW.

Postado em: 21/10/2019

Você conhece o método BLW? Se você é do time que tem dúvidas em relação à introdução alimentar do bebê, vale a pena conhecer um dos métodos que existem para facilitar esse processo, o Baby Lead Weaning, ou, simplesmente, BLW.

O BLW surgiu em 2008, idealizado pela britânica Gill Rapley  em seu livro “Baby-led Weaning: Helping Your Baby to Love Good Food”, em português “Desmame Guiado pelo Bebê: Ajudando seu Bebê a Amar Boa Comida”, após ela perceber que o seu próprio filho tinha dificuldades em aceitar as papinhas. De acordo com ele, os pais não precisam oferecer sucos ou papinhas especialmente preparadas para as crianças, mas sim, fazer com que elas participem das refeições junto com a família de forma mais ativa.

Saiba mais sobre em “BLW vs Método Tradicional. Qual o melhor método de introdução alimentar?

Assim como qualquer processo de introdução alimentar complementar, o BLW não deve ser aplicado antes de o pequeno completar seis meses, pois além de serem desnecessários outros alimentos além do leite materno, seu organismo ainda não tem maturidade gastrointestinal completa, não estando pronto para receber uma nutrição mais complexa.

Leia mais em “Vamos falar sobre amamentação? Primeiros passos.”

Quando a criança tiver idade para a introdução alimentar, o BLW pode ser uma ótima opção a se encaixar na rotina da família. Se você optar por esse método, o pequeno deve ser colocado à mesa junto com a família durante as refeições, para ir observando e descobrindo os diferentes alimentos. Ele se alimentará ao seu próprio ritmo, sendo que alguns bebês levam muito mais tempo que outros até começarem a comer de fato. É comum ingerir quantidades pequenas até os 8 e 9 meses. Nesse sentido, é importante que os pais não pressionem a criança a comer nem apressa-la. Paciência, tranquilidade e principalmente a família se dispor de tempo, são coisas imprescindíveis quando se escolhe introduzir o método BLW.  

Nesse método é considerado o desenvolvimento dos bebês, pois aos seis meses os pequenos já conseguem sentar sem apoio, levam objetos a boca com as mãos e são movidos pela curiosidade, querem, naturalmente, pegar e explorar coisas novas, incluindo alimentos. Outro ponto importante é que esse método evita o excesso de processamento, que desperdiça alguns nutrientes dos alimentos. 

É necessário que a alimentação do bebê seja feita somente com alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras, ficando excluída dessa fase o pão, biscoitos e doces

Durante o primeiro mês, é interessante começar aos poucos, refeição por refeição. Você pode colocar pedaços de frutas diretamente na frente da criança, sem a necessidade de pratos e talheres, já prontas para serem consumidas. Ela vai ficar curiosa, olhar, pegar na mão, sentir o cheiro e colocar na boca para experimentar. Sempre atentando-se às que são muito ácidas e aproveitando a oportunidade para ofertar alimentos que ajudem no desenvolvimento e saúde do pequeno.

Depois, a partir dos sete meses, a criança pode começar a participar de todas as refeições junto com a família. É interessante que os alimentos sejam preparados da mesma maneira para o bebê e para as outras pessoas que vão comer, por isso, preste atenção na quantidade e qualidade dos tempero, a orientação é de que não se faça o uso do sal nos alimentos durante primeiro ano de vida do pequeno, deixando o sabor o mais natural possível. Além de ser mais saudável, isso ajuda o bebê a desenvolver o paladar, reconhecendo de verdade o sabor de cada alimento, sem interferências. Os pais podem picar a comida para facilitar e ajudar a criança a usar colher se necessário, mas a base do BLW está em permitir que ela seja protagonista das suas refeições, mesmo que sejam sempre acompanhadas por um adulto durante todo o processo, para garantir que a criança não vá se engasgar ou se livrar dos alimentos os jogando para longe. No mais, é importante pontuar que alguns alimentos como tomate cereja, uvas e similares não devem ser ofertados inteiros por apresentar risco de engasgo. Sendo assim, se optar por ofertar esses alimentos, eles devem ser cortados em pedaços menores, para garantir que não vão deslizar direto para a garganta do bebê, causando um acidente.

O pequeno vai parar de comer quando deixar de sentir fome ou perder a curiosidade pelo alimento que está na sua frente. A melhor forma de saber se ele está sendo bem alimentado é verificar se ele está crescendo e engordando o suficiente em cada consulta no pediatra, que deverá acompanhar e estar ciente de todo o processo caso esse seja o método escolhido para a introdução alimentar.

Qualquer dúvida procure sempre um pediatra. Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).


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