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Entendendo a meningite viral e bacteriana.

Postado em: 24/12/2019

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal que corre por dentro da coluna vertebral, e pode ser causada tanto por vírus quanto bactéria.

No Brasil, consideramos a meningite como uma doença endêmica, ou seja, há casos da doença ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas por exemplo é muito mais comum no outono-inverno e das virais durante primavera-verão.

A meningite pode ser contraída em qualquer idade, no entanto, as crianças de até cinco anos, especialmente as menores de um ano de idade, estão mais propensas a contrair meningite. Por isso a melhor forma de prevenir que isso aconteça é mantendo a vacinação em dia desde pequeno, que está disponível no Calendário de Vacinação Nacional para os pequenos e para os maiores também.

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As meningites virais são transmitidas, em sua maioria, por contato com secreções respiratórias ou fezes contaminadas.

Os quadros costumam ser mais leves, mais brandos que os de bacterianas e evoluem sem tratamento antibiótico. Os sintomas se assemelham aos da gripe e resfriados, deixando os pequenos com queixas de dores no corpo, cansaço, mãos e pés frios, respiração mais rápida, diarréia e manchas vermelhas pelo corpo. No exame clínico, percebe-se que a nuca está um pouco rígida e que a reação é de dor, quando se tenta dobrá-la. 

Assim que os exames comprovam que se trata de uma meningite viral, a conduta é esperar que o caso se resolva sozinho como se faz com os resfriados, apenas amenizando os sintomas para trazer mais conforto aos pequenos.

No caso das meningites bacterianas, as bactérias que transmitem a doença podem colonizar as vias aéreas superiores, fazendo com que o contágio se de através do contato com as secreções. Importante ressaltar que nem todos que estão colonizados ficarão doentes. As crianças são sempre mais suscetíveis, pois, por terem um sistema imunológico em formação, tem maior chance de desenvolver a doença ao entrar em contato com o germe. 

O sintoma comum a ambos tipos de meningite é uma intensa cefaléia, ou dor de cabeça. A meningite bacteriana costuma ser mais grave, causando muitos sintomas sistêmicos de mal estar, tontura, fraqueza importante e até desidratação e confusão mental. Com o passar do tempo, alguns sintomas mais graves de meningite bacteriana podem aparecer, como convulsões, delírio, tremores e coma.

Nos dois casos de meningites, em recém-nascidos e bebês, alguns desses sintomas podem nem aparecer ou serem mais difíceis perceber-se. O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letárgico ou não responder a estímulos, também podendo apresentar a moleirinha mais inchada.

A diferença só pode ser estabelecida por um médico através de alguns exames especiais. O principal é a “análise detalhada do líquido da coluna” colhido na parte inferior da coluna, cujo objetivo é observar não somente o aspecto como também a cultura e análise dos compostos químicos e células do líquido. A presença de pus nesse material, que normalmente é cristalino, indica infecção por bactéria, e a meningite exige tratamento agressivo.

A meningite é uma doença que geralmente costuma apresentar um quadro clínico grave, por isso no momento em que houver a suspeita de estar com sintomas de meningite deve-se procurar atendimento médico o mais rápido possível, pois quanto mais rápido se identificar a meningite, mais rápido pode se iniciar o tratamento e quanto antes ele começar, menor a possibilidade de o quadro evoluir mal e deixar sequelas. Por isso, feito o diagnóstico, é solicitado imediatamente o exame do líquido da espinha para saber se trata-se de bactéria ou vírus. Se for uma bactéria, o antibiótico precisa ser introduzido sem perda de tempo. Se for um vírus, bastam os cuidados prescritos para as viroses em geral.

Qualquer dúvida procure sempre um pediatra. Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).


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