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Síndrome inflamatória multissistêmica e a covid-19

Postado em: 17/08/2020

De acordo com uma nota emitida pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) ao Ministério da Saúde, em um documento que alerta sobre a obrigatoriedade de notificação de casos sobre a nova síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), desencadeada por crianças e adolescentes que são vítimas da covid-19.

síndrome inflamatória multissistêmica e a covid-19

O comunicado indica que o diagnóstico está associado com pacientes que são vítimas do novo coronavírus, se desenvolvendo em dias ou semanas após a infecção viral.

Por ser uma patologia multissistêmica, a SIM-P acomete dois ou mais órgãos e outros sistemas do corpo, como o cardíaco, renal e respiratório. Além disso, notou-se quadros febris em crianças, sendo considerada com um potencial grave.

Devido à grande variedade de sintomas, os sintomas podem ser confundidos com outras síndromes, como a macrofágica e de choque tóxico. Por este motivo, a Sociedade Brasileira de Pediatria emitiu outro comunicado com uma tabela que possui diversos critérios avaliativos para detectar a SIM-P.

A nota ainda ressalta que o acompanhamento deve ser multidisciplinar, uma vez que diversos sistemas do corpo podem ser afetados, a fim de melhorar o prognóstico do quadro.

A covid-19 em crianças com Síndrome de Down

A criança com Síndrome de Down faz parte do grupo de risco para doença. Isso porque a criança com a trissomia, apresenta particularidades nas suas condições de saúde.

Ainda não há nenhum estudo sobre a evolução do covid na população com SD. Mas sabemos, que cada criança com SD, responde de uma maneira às infecções, envolvendo fatores genéticos, doenças associadas, e fatores socioambientais.

síndrome inflamatória multissistêmica e a covid-19

Condições específicas estão relacionadas ao maior risco de gravidade da covid-19 na SD. Entre elas, as doenças preexistentes, incluindo, cardiopatias, como a insuficiência cardíaca, doenças pulmonares, como a asma, disfunções imunológicas, diabetes e obesidade, são fatores de agravo. Além do mais, alterações anatômicas da SD, como hipotonia e vias aéreas mais estreitas potencializam o surgimento de quadros respiratórios.

A transmissão da doença é a mesma para todas as pessoas. E por isso as medidas de higiene como a lavagem de mãos e o uso de máscara são tão importantes para qualquer indivíduo.

Os sintomas na SD são similares aos de outros quadros respiratórios, incluindo tosse, coriza, febre, dor de garganta, e até vômito e diarreia. Por serem sintomas comuns em outras infecções, é importante estabelecer os possíveis diagnósticos diferenciais.

É importante estar atento ao histórico da criança e à suas particularidades, assim, podemos focar nas fragilidades da criança, traçar cuidados e evitar possíveis complicações do coronavírus.


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