Síndrome de Down na escola: dicas e práticas de inclusão
Postado em: 15/05/2022
As práticas de inclusão de alunos com Síndrome de Down na escola devem levar em consideração as suas habilidades e dificuldades.
Assim, o planejamento pedagógico não pode ser pensado como uma receita pronta para todos os alunos.
O que é Síndrome de Down?
Trata-se de uma condição que acomete os bebês ainda durante a gestação.
A maioria da população apresenta 46 cromossomos em suas células, entretanto, a Síndrome de Down faz com que haja trissomia do cromossomo 21.
Algumas das características compartilhadas pelas pessoas com Síndrome de Down são:
- Baixa estatura;
- Mão pequenas e dedos encurtados;
- Hipotonia;
- Prega palmar única;
- Olhos apresentando linha ascendente e com dobras de pele nos cantos situados internamente;
- Raiz nasal achatada.
O que a escola deve saber?
Primeiramente, deve-se avaliar se a criança apresenta alguma Deficiência Intelectual associada à Síndrome de Down.
Caso apresentem, deve-se identificar em qual área essa deficiência incide.
Pode-se averiguar se as dificuldades estão associadas à linguagem, à memória, à socialização, ao raciocínio lógico ou à autonomia.
Posteriormente, criam-se as estratégias singulares e concernentes às necessidades da criança.
Ou seja, todo planejamento pedagógico deve ser pensado de maneira adequada ao que a criança necessita. E cada criança precisa de incentivos singulares.
O professor deve estar atento tanto às dificuldades quanto às potencialidades das crianças.
Do mesmo modo, a família deve ser atuante e participar dos processos de aprendizagem.
Quais estratégias podem ser utilizadas para nortear as práticas de inclusão?
Tendo a consciência de que cada educando tem necessidades particulares, indicamos algumas ações norteadoras:
O currículo deve ser adaptado
As necessidades da criança devem guiar a adaptação do currículo.
Não se quer dizer com isso que a criança deve aprender conteúdos diferentes dos seus colegas.
Ao contrário, o conteúdo deverá ser abordado e avaliado de maneira específica.
Deve-se prover suporte concreto e com recursos visuais
Em geral, crianças com Síndrome de Down apresentam melhores resultados de aprendizagem quando existem recursos visuais e materiais concretos sendo utilizados.
O professor deve planejar suas atividades utilizando esses recursos.
Divida os conteúdos trabalhados
Para que o exercício de memorização seja melhor aproveitado, as informações devem ser repetidas mais vezes.
Além disso, dividir o conteúdo melhora a absorção e fixação na memória.
A linguagem deve ser simples e objetiva
Quando o professor for passar alguma informação, deve fazer isso com comandos claros e simples.
Um passo de cada vez, assegurando-se de que o aluno compreendeu o que deve ser feito.
E quanto à inclusão?
A inclusão deve se dar não apenas em nível cognitivo e intelectual, mas em termos de socialização.
Nesse aspecto, o trabalho é muito mais com as demais crianças do que propriamente com a criança que tem Síndrome de Down.
Primeiramente, é preciso falar sobre o assunto de maneira verdadeira e aberta.
As crianças são curiosas, elas fazem perguntas e querem participar.
Assim, quando uma criança questiona as razões do colega com Síndrome de Down ser “diferente” é preciso pensar junto com a criança o fato de que todos somos diferentes.
Deixar de abordar os assuntos por falta de conhecimento ou medo é um erro que não pode ser cometido.
Além disso, deve-se estimular a cooperação, o fato de que cada pessoa tem seu tempo de aprendizagem e que cada um é importante e compõe o grupo.
Pediatria UP
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