Devo ter medo da febre?
Postado em: 05/07/2022
Febre em crianças é uma das queixas mais frequentes em pronto atendimentos pediátricos e também nas clínicas.
Os pais tendem a ficar preocupados com o aparecimento da febre pelo estado que as crianças ficam sob esse sintoma.
Sob efeito febril, as crianças ficam sem energia, pálidas, perdem o apetite e apresentam fraqueza.
Mas, precisamos saber que a febre é apenas o sintoma indicativo de que algo não está bem no organismo e, por isso, o corpo tenta expulsar um possível agente causador através da elevação da temperatura.
Assim, a febre é um sintoma positivo no sentido de que o sistema imunológico está agindo para se defender.
É importante entender a ação da febre no corpo para visualizar com clareza qual a gravidade do quadro da criança.
Desse modo, este artigo tem como objetivo explicar a febre de uma forma descomplicada.
Siga lendo e saiba porque você não deve ter medo da febre.
O que é a febre?
Primeiramente, precisamos entender o que é a febre e qual a ação dela no organismo.
A temperatura do corpo humano é ajustada pela região do cérebro denominada hipotálamo para manter os órgãos a 37°C.
No entanto, ao longo do dia ou em condições adversas, essa área cerebral é estimulada a ajustar essa temperatura.
Esse é o caso da febre, que nada mais é do que uma resposta de defesa do sistema imunológico.
Quando o organismo detecta a presença de um agente externo causador de uma doença, o hipotálamo ajusta a temperatura do corpo alguns graus acima dos 37°C normais, na intenção de eliminar o intruso.
Temperaturas entre 37°C e 37,8°C são normais e chamadas de febrícula. Acima de 37,8°C, caracteriza-se febre, sendo que a partir de 39°C considera-se febre alta.
Alguns sintomas podem surgir junto com a febre, como:
- Arrepios;
- Calafrios;
- Tremedeira;
- Calor intenso seguido de sudorese;
- Dores nas juntas;
- Fraqueza;
- Apatia e
- Indisposição.
Muitos pais se assustam com o primeiro sinal de febre de seus filhos, mas, entender o motivo desse sintoma é bem mais interessante.
Portanto, a febre indica a ocorrência de inflamação ou infecção no organismo e por isso é um sintoma e não uma doença.
É bem mais simples do que pensamos, não é?
E não, você não deve ter medo da febre e vamos te explicar um pouco mais sobre isso no próximo tópico!
Por que não devo ter medo da febre?
Agora que entendemos que a febre se trata de uma resposta do organismo a fatores considerados ameaçantes, sabemos que é necessário pensar na causa desse sintoma.
Não é necessário ter medo da febre, mas pensar em tratar a inflamação ou infecção que está presente no organismo.
Nesse caso, procure um pediatra para entender o quadro clínico da criança que levou o organismo a expressar a febre.
Assim, o tratamento será focado em eliminar o agente causador e, consequentemente, a febre passará.
A febre pode ser alarmante quando persistir alta por mais de 72h, mesmo após medicação.
Esses casos podem vir acompanhados de vômitos excessivos e confusão mental, quadro que deve ser imediatamente acompanhado pelo médico.
Nunca use compressas geladas ou banhos gelados como medida para conter a febre.
Essa ação provoca grande desconforto e calafrios devido ao choque térmico.
Mantenha a criança vestida, porém não com roupas muito quentes e pesadas.
O banho deve ser morno, apenas para ajudar o organismo a se sentir mais confortável e regular a temperatura.
Além da medicação indicada pelo médico, é de extrema importância manter a criança hidratada.
Isso ajudará o organismo a ter as condições necessárias para lutar contra o agente causador da doença.
Portanto, entenda, junto ao médico, o quadro clínico da criança e não sinta medo da febre.
Ao primeiro sinal, agende uma consulta com o pediatra e receba toda orientação necessária.