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Como identificar e tratar a depressão pós-parto?

Postado em: 16/08/2023

Na nossa cultura, o nascimento de um bebê é associado a um dos episódios mais felizes na vida de uma mulher. No entanto, a chegada de um nenê também costuma desencadear uma série de sentimentos contraditórios, inclusive a depressão pós-parto. A pressão social para estar feliz, aliada às oscilações hormonais esperadas e à quebra de expectativas geradas faz do puerpério uma fase de muita fragilidade e risco para questões psiquiátricas.

Não existe regra para essa vivência. Algumas mulheres tendem a se sentir mais sensíveis e mais cansadas, algo normal nos primeiros dias após o parto. Quando os sintomas ficam mais intensos, trazendo irritabilidade excessiva, sensação de sufocamento ou ausência de vontade de fazer as atividades cotidianas e duram mais do que duas semanas é preciso atenção, pois pode ser a depressão pós-parto.

No Brasil, estima-se que 25% das mulheres tenham depressão pós-parto, segundo um estudo feito por pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). É preciso ficar atento pois muitas mulheres já apresentam sinais nas primeiras semanas de vida do bebê mas o diagnóstico geralmente demora a ser feito.

Conheça as nuances da depressão pós-parto, os principais sintomas e as opções de tratamento disponíveis. Leia o texto e saiba mais!

depressão pós-parto

O que é o baby blues?

O baby blues, conhecido também como tristeza materna, é um quadro transitório que ocorre nos primeiros dias depois do parto. É comum que as mães experimentem um estado de tristeza, melancolia, choro frequente, sensibilidade emocional aumentada, irritabilidade e ansiedade. Estima-se que a condição acometa de 50% a 85% das pessoas que dão à luz.

Durante o período puerperal, a mulher passa por diversas mudanças físicas, sociais e hormonais que contribuem para o surgimento do baby blues. Além disso, a adaptação à nova realidade de cuidar de um recém-nascido, o cansaço devido à privação do sono e as demandas da maternidade podem contribuir para o quadro. 

Embora não haja um prazo definido para o término desse estado emocional, espera-se que os sintomas se amenizem em duas a três semanas.

O que é depressão pós-parto? 

A depressão pós-parto (DPP) é uma doença que aparece após a gestação e pode surgir até o primeiro ano de vida do bebê. É caracterizada como um quadro depressivo que envolve o sentimento de tristeza constante, pessimismo, perda de vitalidade, falta de prazer, distúrbios alimentares e de sono, sensação de rejeição pelo bebê ou excesso de proteção e até pensamentos suicidas.

Raramente, a situação pode se complicar e evoluir para uma forma mais grave, conhecida como psicose pós-parto. 

Quais são os sintomas? 

Os sintomas da depressão pós-parto são parecidos com os de qualquer quadro depressivo, a diferença é que este distúrbio também envolve o vínculo com um recém-nascido. São eles:

  • Tristeza;
  • Pessimismo;
  • Alterações na alimentação (falta de apetite ou excesso de fome);
  • Anedonia (perda de prazer em fazer atividades diárias);
  • Alterações no sono (insônia ou dormir demais);
  • Visão negativa da vida, as coisas parecem “sem saída”;
  • Cansaço; 
  • Insegurança;
  • Irritabilidade;
  • Fadiga;
  • Choro frequente;
  • Inquietação;
  • Ansiedade;
  • Sentimentos de desvalia ou culpa inapropriada;
  • Dificuldade em se concentrar;
  • Em casos graves, pensamentos suicidas, delírios e alucinações;
  • Falta de vontade de cuidar do bebê ou apresentar cuidado excessivo.

 
Como tratar a depressão pós-parto?

O tratamento da depressão pós-parto requer um acompanhamento abrangente, envolvendo psicólogo, psiquiatra e grupos de apoio, que são benéficos para a mulher. O suporte multidisciplinar desempenha um papel fundamental na recuperação da mãe. 

Existem muitos antidepressivos que podem ser ingeridos com segurança tanto na gestação quanto no período de amamentação, sem prejuízo para o bebê.

A depressão pós-parto não surge repentinamente; os indícios das oscilações emocionais podem dar sinais durante a gestação. Vale lembrar que desde a fase intrauterina, os bebês podem sentir a influência das emoções da mãe. Por isso, cuide bem de sua saúde mental! 

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