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Sinais da criança ou adolescente com tendência suicida

Postado em: 07/11/2023

Questões de saúde mental vem chamando atenção de noticiários pelo aumento expressivo nos últimos anos, especialmente no que diz respeito aos adolescentes. Os registros de eventos de suicídio e tentativas contra a vida aumentaram ao redor do mundo. Você pode desempenhar um papel fundamental na construção da saúde mental de seu filho, simplesmente ao se conscientizar dos fatores de risco e dos sinais de alerta que podem levar ao suicídio, sabendo como estabelecer uma conversa afetuosa e como buscar ajuda quando necessário.

crianças e adolescentes

Os fatos

Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em julho de 2023, mostram um aumento de 11,8% no número de suicídios no Brasil em 2022, em comparação com 2021. Em 2022, foram registrados 16.262 casos, uma média de 44 por dia, contra 14.475 suicídios de 2021. Em termos proporcionais, o Brasil apresentou 8 suicídios por 100 mil habitantes em 2022, em comparação com 7,2 em 2021.

Nos casos em menores de 14 anos, houve um aumento de 113%, fazendo do suicídio a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Além disso, mais de 10 adolescentes tiram a própria vida diariamente na América Latina, aponta o Unicef. É a terceira principal causa de mortes na faixa etária de 15 a 19 anos. 

Uma das principais razões é a vulnerabilidade no lar, como agressões e negligência. Históricos de suicídios familiares, bem como problemas psiquiátricos, como ansiedade e depressão, juntamente com o abuso de álcool, desempenham um papel significativo.

Entre outras motivações, encontram-se conflitos e términos de relacionamentos, abuso sexual, bullying, uso de álcool e drogas, divórcio dos pais, pressão escolar, estresse pós-traumático e obesidade.

O suicídio geralmente é resultado de uma combinação de situações desafiadoras que culminam em uma sensação de desespero. As estatísticas revelam que aproximadamente uma em cada sete crianças está em risco de desenvolver depressão, e o número de tentativas de suicídio é substancialmente superior ao de suicídios consumados, com cerca de 100 tentativas para cada caso fatal.

Sinais de alerta em crianças e adolescentes

A lista dos principais comportamentos e sintomas que os pais devem observar na tentativa de identificar riscos de comportamento suicida em seus filhos:

• Pressão excessiva em relação ao futuro, incluindo a busca por notas altas ou admissão em universidades de prestígio;

• Mudança nos hábitos alimentares, sono, peso ou na rotina diária;

• Perda de interesse ou abandono de atividades que gostavam muito;

• Isolamento intenso de amigos e familiares, com cancelamento frequente de planos sem motivo aparente;

• Dificuldades acadêmicas repentinas e fora do comum, em atividades que até então eram fáceis ou corriqueiras;

• Pensamentos repetidos de angústia que persistem;

• Grupo novo e grande de amigos desconhecidos;

• Recusar a conversar sobre preocupações, mesmo quando os pais demonstram disponibilidade e abertura para ouvir;

• Obsessão por um objetivo específico, com a sensação de que a vida não terá sentido sem atingi-lo;

• Sinais de abuso de substâncias, como drogas ou álcool;

Automutilação ou machucados inexplicáveis.

Relação profilática entre pais e filhos

A Dra. Anna Dominguez Bohn, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), destaca a importância de preservar a autonomia nas decisões durante a adolescência, uma fase fundamental na formação da identidade.

É fundamental estar presente e apoiar as escolhas dos filhos, auxiliando-os na reflexão sobre as vantagens, desvantagens e consequências de suas decisões. A frustração e os desafios fazem parte da vida, mas, com afeto e vínculo seguro, é possível crescer e evoluir.

Além disso, a Dra. Anna enfatiza a importância de manter contato com os amigos de seus filhos, incentivar atividades físicas e experiências ao ar livre, e, acima de tudo, buscar ajuda diante de qualquer sinal de alerta.

Ela destaca que a crença de que “deve ser apenas uma fase” pode atrasar o diagnóstico de problemas psiquiátricos graves, enfatizando a importância de identificar os sinais preocupantes precocemente.

Na adolescência, é comum que a comunicação com o pediatra seja reduzida. Portanto, os profissionais de saúde devem capacitar as famílias para reconhecerem os sinais de alerta e saberem a quem recorrer. Recomenda-se também aumentar a frequência das consultas quando fatores de risco são identificados.

Se você está enfrentando desafios com seu filho ou adolescente, ou se simplesmente deseja aprender mais sobre como promover a saúde mental, não hesite em buscar orientação. A Dra. Anna Dominguez Bohn está aqui para ajudar. Entre em contato conosco hoje mesmo para obter apoio e orientação especializados

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