Anvisa aprova nova Medicação para vírus da Bronquiolite
Postado em: 26/12/2023
Uma nova medicação foi liberada pela ANVISA para proteger os bebês menores de 2 anos contra o Vírus Sincicial Respiratório. Este vírus, conhecido por causar bronquiolite, é uma das infecções mais comuns na infância e é responsável pelo maior número de internações em menores de 2 anos.
Os sintomas da bronquiolite podem ser semelhantes a um resfriado com tosse e coriza, podendo evoluir com febre e falta de ar entre o 3o e 5o dia de doença. O vírus causa uma inflamação na via aérea inferior, chamada de bronquíolos, e o acúmulo de secreção é o que causa o cansaço para respirar.
Crianças menores de 6 meses são as mais suscetíveis ao vírus e a quadros mais graves por conta da infecção. Não há tratamento específico e, por isso, seja em casa ou em internação hospitalar, o objetivo é a remoção da secreção através de lavagem nasal, inalação com soro fisiológico, além de fisioterapia respiratória e suporte para a respiração nos casos mais graves.
Qual é a nova medicação para vírus da bronqueolite?
Este novo medicamento, lançado pela farmacêutica Sanofi-medley, registrado pelo nome Beyfortus (nirsevimabe) é um anticorpo monoclonal, ou seja, proteínas que ajudam o corpo a reconhecer as partículas do vírus e neutralizá-lo. Ele está indicado para todos os recém-nascidos nascidos a menores de 8 meses, em dose única, durante a sazonalidade do vírus, que circula entre os meses de fevereiro a agosto no Brasil.
A indicação pode ser extendida até os 2 anos, anualmente, para aqueles bebês que tenham maior vulnerabilidare como cardiopatas, pneumopatas e crianças com Síndrome de Down.
Esta medicação é diferente do Synagis (paliviZumabe), já utilizada para prevenir o vírus, mas usada somente nos pacientes bastante vulneráveis, com problemas cardíacos ou pulmonares que tenham bastante repercussão.
Ainda não temos data para a chegada do Nirsevimabe no Brasil, mas ele é uma esperança de redução drástica nos números de infecções pelo VRS e, principalmente, em internações pediátricas. Aguardamos com ansiedade mais esta proteção para nossas crianças.
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