Bronquiolite: o que eu preciso saber
Postado em: 15/04/2024
A Bronquiolite é uma infecção nos bronquíolos, ramificações dos brônquios que levam oxigênio aos pulmões. Em geral, sua causa é o vírus sincicial respiratório (VSR), que ataca principalmente crianças até os 2 anos. Essa invasão propicia um excesso de muco nos tubinhos por onde o ar passa, comprometendo a captação de oxigênio. Entre os sintomas, o bebê fica com dificuldade para respirar.
A bronquiolite é uma doença que acomete as crianças menores de 2 anos. O VSR é altamente contagioso – ele é transmitido pelo ar, toque e objetos contaminados.
Aqui, vamos abordar as causas, sintomas, tratamentos e medidas preventivas contra a bronquiolite. Não perca!
Causas
Nos primeiros anos de vida, o sistema imunológico do bebê ainda é imaturo, tornando as crianças mais vulneráveis ao vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador da bronquiolite. Além dele, o rinovírus, parainfluenza, bocavírus, adenovírus, influenza, coronavírus e as bactérias Mycoplasma e Bordetella também são causadores possíveis .
A contaminação ocorre por secreções respiratórias ou contato. Ou seja: crianças que passam o dia em locais fechados com outras pessoas, como em creches, estão mais suscetíveis.
Prematuros, bebês com menos de seis semanas ou com doenças crônicas pulmonares ou cardíacas, requerem cuidados especiais, assim como aqueles com deficiências imunológicas.
A bronquiolite é uma das maiores causas de internação entre crianças que ainda mamam. Se não tratada, pode provocar desidratação, insuficiência respiratória e evoluir para pneumonia, quando outras áreas dos pulmões são afetadas por micro-organismos.
Sinais e sintomas
Os sintomas iniciais são bem parecidos com os de um resfriado:
- Chiado no peito.
- Respiração ofegante.
- Nariz congestionado.
- Coriza.
- Tosse, sobretudo na hora de dormir.
- Febre.
- Tórax inflado.
- Vômito.
Após alguns dias, um terço dos bebês piora, com comprometimento pulmonar, apresentando falta de ar, respiração rápida e esforço para inspirar e expirar. A oxigenação diminui à medida que os bronquíolos são afetados. O auge ocorre entre o terceiro e o quinto dia.
Diagnóstico
Quando mais cedo a infecção for detectada nos bronquíolos, mais eficaz será o tratamento. Ao surgirem os primeiros sintomas, é importante levar a criança ao pediatra ou ir ao hospital. O exame físico, somado a testes complementares como raio x do tórax, confirma o diagnóstico.
Tratamento
Normalmente, o tratamento da bronquiolite pode ser feito em casa. Inalações com soro e lavagem nasal ajudam a desobstruir as vias aéreas, melhorando a respiração – tudo, claro, sob prescrição médica.
A hidratação e a amamentação ajudam bastante na recuperação do bebê. Nos episódios mais graves, em que ocorre desidratação ou insuficiência respiratória, a criança precisa ser hospitalizada.
Prevenção
O ideal é evitar situações que expõem o bebê a grandes aglomerações, em especial nas primeiras seis semanas de vida. A criança não deve entrar em contato também com adultos com sintomas de gripe ou resfriado – nada de colo ou carinho nessas ocasiões. Esses cuidados merecem ser redobrados no outono, quando o vírus se dissemina com maior facilidade.
Não é preciso deixar seu filho confinado durante essa estação, mas vale a pena priorizar a estada em ambientes ventilados. Outra medida indicada para a prevenção é que os pais caprichem na limpeza das mãos, usando sabão ou álcool em gel.
Em abril de 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registro da vacina Abrysvo, produzida pela farmacêutica Pfizer. O imunizante é destinado ao combate do vírus sincicial respiratório (VSR), um agente patogênico conhecido por provocar infecções no trato respiratório, especialmente a bronquiolite.
A vacina é direcionada especificamente a gestantes entre 24 e 36 semanas de gestação. Ao imunizar gestantes, o intuito é fornecer proteção indireta aos recém-nascidos e bebês com até 6 meses de idade.
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Dra. Anna Dominguez Bohn
Pediatra
CRM: 150.572
RQE: 106.869 | 1068691