O que é a cardiopatia congênita?
Postado em: 08/03/2021
O nome assusta, e muitos pais ficam receosos de descobrir que seu filho tem algo. A cardiopatia congênita, é qualquer anormalidade que o coração do bebê possa apresentar, relacionada às primeiras oito semanas da gestação, quando o coraçãozinho se forma.
Assim, os bebês com cardiopatia congênita já nascem com o problema, mas esta alteração nem sempre é identificada logo em que o bebê nasce.
Existe mais de um tipo de malformações congênitas, e divididas em mais de um grupo. E se você já está desesperado com essa informação, calma, esse post tem o sentido de alertar para a importância de conhecermos sobre o assunto, e não de assustar.
A cardiopatia congênita pode produzir sintomas desde o nascimento, durante a infância, ou se manifestar só na idade adulta.
Por este motivo, é sempre importante procurar o acompanhamento, seja durante os primeiros dias da criança ou durante seu desenvolvimento.
Tipos de cardiopatia congênita
Existem cardiopatias congênitas mais comuns, que acometem as crianças e que têm uma alta taxa de sucesso no tratamento caso sejam descobertas durante a infância. Dentre os principais tipos de anormalidades do coração, estão:
- Coarctação de aorta;
- Comunicação interatrial;
- Comunicação interventricular;
- Persistência do canal arterial.
Tais alterações são conhecidas como cardiopatias acianóticas, uma vez que a característica principal deste quadro envolve alterações no fluxo pulmonar, provocando quadros recorrentes de pneumonia e o cansaço fácil.
No que diz respeito as condições que acometem a artéria aorta, quadros de hipertensão arterial são as consequências mais relatadas.
Quais os sintomas da cardiopatia congênita?
Alguns sintomas podem ser, pontas dos dedos e lábios roxos, suor excessivo, cansaço durante as mamadas para os recém-nascidos, palidez e apatia, baixo peso, dificuldade respiratória, infecções respiratórias frequentes nas crianças mais velhas, entre outras.
A malformação em alguns casos pode ser identificada pelo ultrassom morfológico, ou pelo ecocardiograma fetal, que é realizado em casos necessários. Além disso, quando não detectada no pré-natal, existem exames realizados logo após o nascimento, que podem levar ao diagnóstico, como o teste do coraçãozinho, um dos testes da triagem neonatal.
Como funciona o teste do coraçãozinho?
O teste do coraçãozinho é um teste bem simples, também conhecido como oximetria, onde a saturação do bebê é aferida, entre as 24 e 48 horas de vida, tanto de membros superiores como inferiores. Ele é uma forma preventiva de detectar anomalias cardíacas e podermos intervir precocemente.
Qualquer alteração encontrada no teste do coraçãozinho, no exame físico, ou no quadro clínico da criança deve ser investigada. E para isso, o ecocardiograma é indicado, a fim de fechar o diagnóstico.
Qual o tratamento para cardiopatias congênitas?
Caso a cardiopatia congênita seja notada durante os primeiros anos da criança, o pediatra pode solicitar exames para investigação, como o ecocardiograma. A partir deste momento, o acompanhamento de um cardiologista é essencial para determinar o tratamento correto para a condição da criança.
Infelizmente, não há um tratamento específico para cardiologias. Contudo, existem alguns casos em que é necessária realizar uma intervenção cirúrgica para reparo da artéria acometida.
Todavia, existem cardiopatias que desaparecem à medida em que a criança se desenvolve. Em tais casos, quando é encontrada a alteração cardíaca, é preciso de um acompanhamento constante com um cardiologista.
Em alguns casos, é necessária a intervenção através do cateterismo, onde um tubo é inserido na criança, a fim de corrigir as válvulas do coração.
Por isso, caso note alguma alteração sintomática no seu filho ou até mesmo durante o pré-natal, não deixe de procurar o acompanhamento especializado. Atualmente, existem tratamentos seguros e com grande taxa de sucesso que auxiliam na manutenção da qualidade de vida da criança para que possa realizar quaisquer atividades de maneira segura.