Entendendo a dermatite atópica.
Postado em: 14/01/2020
Muito presente na casa dos brasileiros, principalmente durante a infância a dermatite atópica é um processo inflamatório muito comum que pode estar relacionado a outras atopias como bronquite, asma e rinite.
A dermatite atópica é uma doença de origem genética e não é uma doença contagiosa. Trata-se de um quadro inflamatório da pele que vai e volta, podendo dar intervalos de meses ou anos, entre uma crise e outra.
Sabe-se que essas crises costumam ser desencadeada por alguns gatilhos. Entre eles estão por exemplo: substâncias irritantes como poeira domiciliar, conservantes, produtos de limpeza ou usados na lavagem das roupas, roupas de lã e tecidos sintéticos, frio mais intenso, ambientes secos, calor e transpiração, estresse emocional, alergia a pólen, mofo, ácaros ou animais, contato com materiais ásperos, exposição a irritantes ambientais, corantes adicionados a loções ou sabonetes, baixa umidade do ar e certos alimentos.
Essa inflamação costuma aparecer com maior frequência em bebês e crianças menores na região da face e em crianças maiores principalmente nas dobras dos joelhos e cotovelos. Um dos principais sintomas da dermatite atópica é a coceira, difícil de ser controlada nas crianças pois a todo momento levam as mãos no local da lesão, podendo piorar o quadro. Além disso, a transpiração pode piorar o quadro, merecendo cuidados diferentes dependendo da época do ano. Outros sintomas que também podem aparecer decorrentes da dermatite atópica são as lesões brancas ou avermelhadas com o aparecimento de bolhas e o ressecamento e ardência da pele na região da lesão.
Outras doenças que também cursam com coceira podem confundir o diagnóstico e, por isso, a avaliação médica adequada é primordial para que o tratamento adequado seja iniciado. O diagnóstico leva em conta fatores tais como os sintomas, o histórico familiar por conta do caráter genético da doença, a localização das lesões, a relação com outras atopias como asma, rinite e bronquite, hábitos pessoais e uma análise mais ampla sobre as características da pele do paciente.
O tratamento varia conforme a intensidade da dermatite, mas para a maioria dos casos a aplicação de hidratantes é chave na melhora dos quadros. Outras medicações como anti-histamínico e corticoides podem ser utilizados a depender do caso.
Uma boa dica para impedir o desencadear da dermatite atópica seria evitar banhos longos e quentes (principalmente no inverno quando abusamos desse hábito) pois estes acabam prejudicando a pouca hidratação natural da pele, além de evitar o uso de excessivo de sabonetes na região e o uso de esponjas ou buchas.
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