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Entendendo a diarreia infantil. Quando procurar um médico?

Postado em: 27/01/2020

A diarréia é caracterizada pela evacuação de fezes líquidas de forma frequente e sem controle. Adultos costumam ser mais resistentes, mas quando se trata de bebês e crianças, essa situação relativamente comum pode trazer alguns perigos aos pequenos.

Para identificar a diarréia deve-se levar em conta o hábito intestinal diário, já que nessa fase da vida o número e a consistência das evacuações variam de acordo com a dieta e a idade do pequeno. Bebês em aleitamento materno, por exemplo, podem apresentar evacuações mais pastosas ou até semi-líquido e em maior número. Entretanto, um aumento súbito na das evacuações podem indicar um quadro de diarréia. É importante ficar atento também às evacuações líquidas que durem mais de 24 horas.

Os quadros diarréicos podem ser diferenciados em agudo ou crônico. A diarréia aguda pode durar um período de até 14 dias, enquanto quadros que se estendem até 30 dias são chamados de diarréia persistente. Na maior parte dos casos a diarréia aguda tem origem infecciosa, podendo ser causada por bactérias como a Escherichia coli, Shigella, Salmonella, Campylobacter, vírus como o rotavírus, norovíru e parasitas como a Entamoeba histolytica, Cryptosporidium e Giardia lamblia.

Já a diarreia crônica ocorre por cerca de 3 a 4 semanas, normalmente é causada por fatores na dieta, como por exemplo intolerância alimentares e alergias, por reflexo de doenças inflamatórias e problemas no aparelho digestivo como a doença celíaca, a colite ulcerativa, a doença de Crohn, a síndrome do intestino irritável e outros problemas gastrointestinais.

A grande maioria dos casos na população pediátrica é causada por vírus e, portanto, são quadros auto-limitados. É comum ocorrer febre, perda de apetite e vômitos, além da diarréia e, por isso, devemos sempre estar atentos a sinais de desidratação e caprichar na oferta de líquidos sempre. Em casos mais graves pode haver também perda de peso, que deve se reestabelecer após a resolução do quadro. Mesmo assim, vale ressaltar que devemos priorizar líquidos constantemente e oferecer alimentos leves conforme a aceitação da criança.

A desidratação tem como sintomas letargia, lábios rachados, boca seca, sede extrema, febre alta, diminuição da quantidade de urina, olhos fundos, pouca lágrima ao chorar e confusão mental. Em estágios avançados, a desidratação pode causar problemas como convulsões e danos cerebrais.

Alguns sinais de alerta podem sugerir a necessidade de uma maior investigação do quadro como por exemplo presença de sangue ou gordura em grande volume.

Apesar de ser frequente a perda de apetite e indisposição, alguns alimentos podem aumentar o número de evacuações. Frutas como mamão e ameixa, por exemplo, e alimentos ricos em fibras, como saladas e sementes devem ser evitados nesse período. Prefira alimentos como arroz, caldos de carnes magras, preparados de preferência com pouco condimento, maçã e torradas, comidas ricas em potássio como a banana, a batata doce e o espinafre. É preferível também fugir do consumo de alimentos muito gordurosos e evitar o consumo de derivados de leite, uma vez que a deficiência transitória de enzimas de degradam o leite, causada pela inflamação intestinal decorrente da diarréia, pode ajudar a perpetuar o quadro, mesmo quando o agente causador já foi eliminado. 

Qualquer dúvida procure sempre um pediatra. Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).


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