Existe grau na síndrome de Down?

Cada bebê cresce e aprende em seu próprio ritmo desde o nascimento, atingindo marcos de desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social de maneira única. Embora existam diretrizes gerais, cada criança progride em seu tempo. Alguns bebês podem começar a rolar ou a engatinhar mais cedo, o que é perfeitamente normal. É importante observar o desenvolvimento contínuo, em vez de fixar datas específicas. A importância de um pediatra especializado está justamente em saber qual faixa de idade é normal esperar determinado marco e quando precisamos agir. 

Crianças com síndrome de Down (SD) podem alcançar o mesmo desenvolvimento, mas geralmente em uma idade mais avançada e com menos refinamento em comparação com aquelas sem a condição. Um equívoco comum é a crença em uma graduação no desenvolvimento de bebês com síndrome de Down. Embora haja semelhanças entre eles, as características físicas e o crescimento mental são únicos para cada indivíduo. 

O processo de evolução é influenciado por fatores como individualidade, oportunidades de brincar, convívio familiar, educação, cuidados de saúde e estímulo precoce. Continue lendo para mais informações!

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O que é síndrome de Down?

A síndrome de Down (SD) é uma condição em que uma pessoa possui um cromossomo extra. Os cromossomos determinam como o corpo do bebê se forma e funciona durante toda a gravidez e após o nascimento. Normalmente, uma criança nasce com 46 cromossomos. Bebês com a síndrome têm uma cópia extra do cromossomo 21.

Por este motivo, a síndrome é conhecida também como Trissomia do 21 ou simplesmente T21. Em geral, pessoas síndrome de Down têm QI na faixa de leve a moderadamente baixa e podem falar mais devagar que outras crianças.

Características físicas comuns incluem rosto achatado, olhos amendoados, pescoço curto, orelhas pequenas e tônus muscular fraco (hipotonia) ou articulações soltas.

Intervenção precoce

A intervenção precoce engloba um conjunto de terapias, exercícios físicos e atividades lúdicas, como jogos e brincadeiras, para atuar nos atrasos no desenvolvimento em crianças com síndrome de Down ou outras condições. Os serviços incluem fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, visando melhorar o desenvolvimento e fortalecer algumas habilidades. Começa logo após o nascimento, mas pode ser iniciada em qualquer momento.

Terapias

• Fisioterapia: concentra-se no desenvolvimento motor, fortalecendo músculos e melhorando a coordenação da criança. Ajuda bebês com síndrome de Down a atingir marcos importantes, como controle da cabeça, engatinhar e manter postura ereta.
• Fonoaudiologia: um fonoaudiólogo pode auxiliar na amamentação. A amamentação fortalece a mandíbula e os músculos faciais, essenciais para futuras habilidades de comunicação, como imitar e ecoar sons, falar e audição.
• Terapia ocupacional: auxilia os pequenos a desenvolver e dominar habilidades para a independência, como manipular objetos, brincar e interagir com outras crianças. Essas terapias desempenham um papel crucial no desenvolvimento e na qualidade de vida de crianças com SD.

Conclusão

Em resumo, as terapias de fisioterapia, fonoaudiologia e ocupacional são essenciais para o desenvolvimento e a qualidade de vida de crianças com síndrome de Down. Elas fortalecem habilidades motoras, de comunicação e de independência, ajudando os pequenos a atingirem seu potencial máximo em casa, na escola e no convívio social. 

Além disso, o acompanhamento próximo do pediatra é fundamental para garantir que o pequeno receba o tratamento necessário para qualquer possível condição de saúde e alcance seus objetivos de desenvolvimento. Com uma abordagem integrada, que envolve tanto as terapias quanto a orientação médica, podemos oferecer às crianças com Trissomia 21 as melhores oportunidades para crescerem saudáveis e felizes.

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Dra. Anna Dominguez Bohn
Pediatra
CRM: 150.572
RQE: 106.869 | 1068691

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