Picadas de inseto. Como lidar?
Postado em: 03/04/2019
Durante o verão e início de outono, tempo quente do Brasil basicamente é sinônimo de pernilongos e uma lista infinita de outros insetos que podem escolher a pele humana como próximo alvo, que além de atrapalharem o sono com seu zumbido incessável, ainda traz dores de cabeça quando o assunto é “como proteger os pequenos das picadas”, que pode trazer desde uma simples mancha vermelha na pele, até uma reação mais aguda ou transmitir doenças como a dengue.
Saiba mais em “Aedes aegypti, tempo de aumentar os cuidados contra o mosquito!“
Quando o inseto pica a criança, ele injeta sua saliva, que faz com que apareçam aquela característica vermelhidão de picadas de inseto, o que coça muito, principalmente no caso de crianças que são alérgicas a essas picadas, podendo abrir feridinhas que deixam manchas na pele e que quando entram em contato com bactérias do ambiente, ficam com um aspecto amarelado, com casquinha.
No caso de picadas de abelhas e marimbondos, ou até mesmo daquelas formiguinhas de jardim, o cuidado é ainda maior, pois podem disparar crises alérgicas mais fortes, ocasionando febres, inchaços, rouquidão e dores agudas.
Nesses casos, o ideal é procurar por atendimento médico imediatamente, pois não se sabe qual será a evolução dessa reação alérgica e se existe a possibilidade do ferrão do inseto ainda estar alojado por baixo da pele da criança. A recomendação aqui é não espremer ou cutucar a ferida, pois isso faz com que o ferrão penetre ainda mais na pele e piore a situação.
Prevenindo as picadas de insetos
Dentre várias possíveis soluções para manter esses insetos longe da pele delicada das crianças e dos bebês, um dos que vêm imediatamente à mente é o famoso “repelente de insetos”, por ser prático e muito eficaz.
Acontece que não é todo produto que pode ser usado em crianças. Além disso, o uso em excesso pode irritar a pele dos pequenos e até causar problemas mais graves. Substâncias como a D.E.E.T (dietiltoloamida) são tóxicas se usada sem cautela e pode ser facilmente encontrada na maioria dos repelentes que estão no mercado. Em crianças, por exemplo, a concentração não deve ultrapassar 10%.
Mas muita atenção!
Para os recém-nascidos com idades de seis meses ou menos, não se deve usar nenhum tipo de repelente, a não ser que seu pediatra recomende. Mesmo os repelentes de tomada são contra indicados. Em vez disso, você precisará usar barreiras físicas como a rede de mosquito para carrinhos e berços, bem como mangas compridas e calças.
Para maiores de seis meses de idade, evite aplicar repelente nas mãos, já que muitas vezes os pequenos as enfiam em suas bocas e também tenha muita atenção a quantidade que é aplicada, pois o repelente deve cobrir bem levemente a pele. Quando a proteção não for mais necessária, dê um banho para retirar os resquícios. Se engana quem pensa que a solução é reaplicar o produto toda hora. Ao contrário: o ideal é limitar em até três vezes por dia e só utilizar sob orientação médica.
No caso de mulheres gestantes ou amamentando, o uso de icaridina, IR3535 e D.E.E.T em uma concentração menor que 30% está liberado na maioria dos casos, porém use apenas se estiver liberado pelo médico que está acompanhando sua gestação.
O que fazer no local das lesões?
Quando a picada lesionar a pele, o ideal é manter o local da picada limpo, lavando com bastante água e sabonete neutro; evitar ao máximo coçar, para que a lesão não se agrave e nenhuma sujidade possa levar a infecção do local; nunca usar nenhum tipo de substâncias caseiras, o pediatra da criança saberá indicar uma medicação que fará com que ela fique confortável durante o processo, o que costuma levar até uma semana.
Qualquer dúvida procure sempre um pediatra. Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).