Sarampo. Saiba mais sobre a doença que está de volta
Postado em: 10/07/2019
O sarampo é uma doença altamente contagiosa facilmente transmitida de um indivíduo para outro através de secreções das mucosas (boca e nariz) como a saliva, por exemplo, de indivíduos doentes para outros não-imunizados, expelidas pelo doente ao tossir, respirar ou falar.
Pode ser contraída por qualquer faixa etária e suas complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, principalmente no caso de crianças desnutridas e menores de um ano de idade.
É causada por um vírus chamado Morbillivirus, que em algumas partes do mundo é uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de 5 anos de idade.
Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Porém, em 2019, até o início de julho, foram confirmados 206 novos casos de sarampo no estado de São Paulo, o que fez com que a capital paulistana iniciasse nova campanha de vacinação para imunização a fim de criar um bloqueio contra o sarampo.
Inicialmente o sarampo se manifesta com sintomas de febre, tosse persistente, conjuntivite, coriza e fotofobia (hipersensibilidade à luz). Já a partir da segunda a quarta semana de contágio, os sintomas iniciais se agravam e manchas vermelhas, que não coçam, podem aparecer junto de uma mudança na postura mais prostada. As manchas avermelhadas geralmente progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. Além disso, se não controlado, o sarampo pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, diarréia,convulsões e outras lesões no sistema nervoso.
Bebês também podem contrair sarampo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a doença costuma se manifestar entre seis meses de idade e 2 anos.
O sarampo em bebês começa repentinamente com uma temperatura alta em torno de 39°C, que geralmente dura três dias. Após esse período pode acontecer pode aparecer erupções de coloração rosada nos braços e nas pernas do bebê. É comum que o bebê fique mais irritado.
O diagnóstico é basicamente clínico, ou seja, confirmado pelo próprio médico. Porém, o sarampo também pode ser diagnosticado com exames laboratoriais específicos, como IgM para Sarampo ou PCR (reação da cadeia de polimerase) para identificar o vírus.
O período entre o contágio e o aparecimento dos sintomas, conhecido como período de incubação, é de cerca de 12 dias e a enfermidade é transmitida durante a fase mais ativa do problema, em que o paciente apresenta febre alta e mal-estar, por exemplo.
Por isso, quem reconhece os sintomas do sarampo precisa se consultar com um médico imediatamente, e se a doença for confirmada deve evitar o contato com pessoas não infectadas. Ficar em locais fechados junto com uma pessoa doente facilita a transmissão do vírus do sarampo, principalmente nessa época do ano, em que os locais fechados com pouca circulação de ar são mais comuns belas baixas temperaturas.
Vacinar é o meio mais eficaz de prevenção contra o sarampo. A primeira vacina contra o sarampo geralmente ocorre aos 12 meses, com a tríplice viral vacina para imunizar contra o sarampo, rubéola e caxumba. Já aos 15 meses, o bebê deve tomar a vacina tetra viral, contra sarampo novamente, rubéola, caxumba e varicela, todas oferecidas gratuitamente nos postos de saúde.
As duas doses da vacina são recomendadas para garantir a imunidade e evitar surtos, já que aproximadamente 15% das crianças vacinadas apenas com a primeira dose não desenvolvem imunidade.
Para crianças que ainda não foram vacinadas, uma prevenção é evitar o contato com pessoas que apresentam os sintomas de sarampo.
Além disso, adultos e adolescentes de até 29 anos que não foram vacinados ou não tiveram sarampo anteriormente podem se vacinar nos postos de saúde. Para esse público são oferecidas duas doses com intervalo de 30 dias. Pessoas que têm entre 30 e 49 anos podem ser imunizados com uma dose oferecida pelo sistema público.
Seja em adultos, crianças ou bebês, é importante dizer que não existe tratamento específico para o sarampo, apenas para os sintomas. Sendo assim, por se tratar de uma doença autolimitada, o tratamento da doença consiste em aliviar os sintomas visando o bem estar do paciente ao passar pelo processo natural de recuperação. Contudo em alguns casos, há necessidade de tratamento para o aumento de imunidade.
Manter uma alimentação saudável, se hidratando com ainda mais frequência, ajuda na recuperação. Além de tudo, uma pessoa que está com sarampo deve ficar de repouso por todo o período de infecção, pelo menos até quatro dias após o aparecimento das manchas, que é quando a transmissão pode ocorrer de maneira mais fácil. Em caso de complicações, o médico pode aumentar esse período.
Qualquer dúvida procure sempre um pediatra. Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).