Asma, bronquiolite e pneumonia: Entenda as diferenças T21?
Postado em: 01/05/2023
Entre as três complicações, apenas a asma tem um fator genético, podendo ser controlada antes da crise com medicações específicas para o perfil da criança. Já a bronquiolite e a pneumonia são doenças respiratórias transmissíveis por vírus (ou bactéria, em alguns casos da pneumonia).
Algumas recomendações gerais podem ajudar os pais a evitarem quadros mais graves dessas doenças respiratórias. A prevenção universal é manter o calendário vacinal atualizado, tanto da gripe quanto da pneumonia. Também não expor a criança a ambientes com pessoas fumando e não deixar bebês abaixo de seis meses com quem está com sintomas gripais. O aleitamento materno, se possível até os seis meses, também ajuda na imunidade.
Confira abaixo as diferenças entre as doenças:
Asma
É quando ocorre um fenômeno inflamatório causado por um processo alérgico, que normalmente é desencadeado por inalantes como poeira, ácaros, pelos de animais e bolor. Esses alérgenos podem causar uma inflamação crônica das vias aéreas, que é asma. No outono ou inverno, em que o clima fica mais seco e frio, os principais desencadeadores das crises são os vírus respiratórios. A poluição e a exposição ao tabaco, mesmo que indireta, também podem ser gatilhos.
Os sintomas mais recorrentes são a falta de ar, chiados no peito, dor ou sensação de opressão no tórax e tosse persistente. Mas a asma dá ainda outras pistas, como o despertar noturno. Há crianças que não têm sintomas durante o dia, mas acordam com tosse ou falta de ar.
É controlável com medicação preventiva específica para evitar as crises de acordo com o perfil do paciente.
O uso de corticoides é de praxe para sanar a inflamação e, com isso, as chances de a inflamação aparecer vão diminuindo. Assim, a medicação pode ser gradativamente retirada. O grande problema é que muitas crianças chegam ao hospital para tratar a crise de forma pontual, sem manter uma continuidade que garanta que o problema não se manifeste novamente.
Bronquiolite
A bronquiolite é uma inflamação aguda dos bronquíolos, ou seja, das ramificações mais finas que conduzem o ar para dentro dos pulmões. A doença é causada na maioria das vezes por vírus – sendo o vírus sincicial respiratório (VSR) o principal agente causador.
O VSR é um vírus bastante comum, que sempre circulou no Brasil, mas é potencialmente mais preocupante em bebês e crianças com até 2 anos, já que a infecção atinge o trato respiratório inferior e pode evoluir para um desconforto respiratório pela baixa saturação de oxigênio, necessitando de internação. Quanto mais nova a criança, maior a chance de internação.
A contaminação ocorre através do contato com secreções respiratórias. Por isso, crianças que passam o dia em locais fechados com outras pessoas são mais suscetíveis.
Geralmente a criança começa com sinais muito parecidos com resfriado, com nariz entupido, coriza, tosse e espirros que podem ou não ser acompanhados de febre. Já os bebês, por terem o narizinho muito pequeno, costumam ter dificuldade para mamar.
Por volta do quinto ao sétimo dia, as manifestações tendem a ficar um pouco mais leves e a tosse vai desaparecendo devagar.
Quando a criança já está doente, é recomendado fazer a lavagem nasal adequada por causa da obstrução das vias aéreas. É importante também fazer a inalação porque as partículas do soro fisiológico chegam dentro do pulmão ajudando a aliviar o desconforto respiratório.
Outra medida que ajuda na recuperação mais rápida da bronquiloite é manter a criança hidratada e bem alimentada.
Pneumonia
As crianças, principalmente as menores de 5 anos, ainda têm um sistema imune imaturo. Por isso, elas são mais vulneráveis a agentes infecciosos e acabam ficando mais doentes. Febre alta, dores pelo corpo e mal-estar são sintomas típicos da gripe, mas também podem ser sinais de pneumonia – infecção grave que se instala nos pulmões, principalmente em decorrência de vírus e bactérias. Apesar de ser uma das principais causas de hospitalização no Brasil e no mundo, a pneumonia tende a ser facilmente curada, quando diagnosticada e tratada corretamente.
Existe um estado geral pior, uma prostração, febre, tosse e uma dificuldade respiratória. É nítida a diferença. Um dos sinais que os pequenos demonstram, geralmente, é um esforço excessivo para respirar usando a musculatura do abdômen.
O tratamento depende do tipo de pneumonia. Se for bacteriana, o paciente irá tomar antibiótico. Já no caso viral, são tratados apenas os sintomas decorrentes da doença.
Para aliviar os sintomas, medicações para baixar a febre e inalações para fluidificar as secreções podem ser indicadas. É importante realizar a higiene nasal à base de soluções salinas, manter repouso, ingerir bastante líquido e dispor de uma alimentação equilibrada
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