Dicas para motivar o seu filho a comer melhor

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que, a partir dos 6 meses de idade, período de aleitamento materno exclusivo, novos alimentos sejam introduzidos na dieta do bebê, começando com papas.  Primeiro, vêm as frutas, seguidas pelas verduras e legumes e os demais elementos como carboidratos e proteínas que compõem a papa principal. No entanto, muitos pais desistem ao primeiro sinal de recusa da criança. 

Na preocupação de o filho não comer, os pais cedem e oferecem a opção que sabem que o filho aceita, como leite ou mamadeira. Esse comportamento reforça a ideia de que o pequeno não precisa experimentar novos sabores.

Especialistas da Sociedade Americana de Nutrição recomendam que as crianças experimentem o mesmo alimento entre 8 e 12 vezes antes de decidirem se não gostam. Entretanto, a maioria dos pais desiste após a terceira ou quarta tentativa. Insistir para que seu filho pelo menos sinta o gosto da comida, não é tarefa fácil. Pode envolver choro e reclamações.

Mas é fundamental persistir. Nascemos com um paladar naturalmente inclinado ao sabor doce e salgado. Para apreciar outros sabores, como azedo e amargo, é necessário aprender a se acostumar com eles.

Neste texto, vamos compartilhar dicas para seu pequeno comer mais e tornar a hora das refeições mais fácil e divertida, ao mesmo tempo em que promovem hábitos alimentares saudáveis.

Os pais são o exemplo

Outro ponto importante é que preparar verduras e legumes dá trabalho, especialmente quando os pais não têm o hábito de consumi-los. Lembre-se de que você é o primeiro modelo de comportamento para o seu filho. Ele aprende a andar vendo você caminhar, a falar vendo você conversar e a se alimentar observando como – e o quê – você come.

Muitas vezes, as crianças torcem o nariz para certos alimentos devido à sua aparência. Assim, vale a pena investir em apresentações criativas para montar pratos coloridos e atrativos.

Dicas para estimular um apetite saudável em seu filho

1. Evite permitir que seu filho belisque o tempo todo. Afinal, essa comida fora de hora pode ocupar o espaço da alimentação principal.

2. Não sirva líquidos, como água e suco de fruta natural, durante as refeições. Eles também preenchem o lugar da comida no estômago e podem dilatá-lo. Ofereça-os somente uma hora após as refeições. 

3. Quanto mais variado for o cardápio, melhor será a alimentação do seu filho. Então, nada de comer os mesmos alimentos todos os dias.

4. Tenha sempre uma despensa de alimentos de qualidade e fuja dos industrializados.

5. Leve as crianças a feiras, supermercados, hortifrútis para elas conhecerem os alimentos e se interessarem por eles.

6. Inclua seu filho na preparação da comida. Quando lidamos com os alimentos, nos sentimos mais atraídos por eles. Deixe que ele separe os ingredientes, bata, amasse. Só evite as preparações que ofereçam risco, como cortar e manusear a panela no fogão ou forno.

7. Nunca faça aviõezinhos para enganar a criança e colocar a comida na boca dela. Forçá-la a comer pode causar traumas, além de dilatar o estômago.

8. Não proíba nada, porque o efeito pode ser pior. Há risco de o seu filho comer escondido ou em grandes quantidades. Combine que as guloseimas ficam restritas aos fins de semana, com moderação.

9. Nunca ceda à vontade do seu filho quando ele quiser trocar a refeição por um biscoito ou salgadinho. Se for atendido, ele pode se tornar muito mais restritivo em relação a alguns alimentos. 

10. Tente transformar as refeições em momentos divertidos. Se a criança estiver, por exemplo, rejeitando uma laranja, deixe que ela brinque com a casca ou sirva os gomos na forma de uma carinha sorridente. Lembre-se criança com fome come. Se seu filho estiver realmente com apetite e houver escolhas saudáveis disponíveis, ele vai comer. 

Para obter orientações personalizadas sobre a alimentação do seu filho e outras questões de saúde infantil, marque uma consulta com a Dra. Anna Dominguez Bohn, especialista em Terapia Intensiva Pediátrica com foco em síndrome de Down!  

Leia também:

A importância da alimentação para quem tem síndrome Down

COMPARTILHAR: