5 dicas para estimular o apetite do seu filho
Postado em: 07/08/2023
Uma das maiores reclamações dos pais nos consultórios pediátricos é relacionada à falta de apetite dos filhos e ao impacto que isso pode ter na saúde das crianças. São comuns os relatos de cenas tensas na hora das refeições, com direito a caretas, choro e gritaria – até quando isso é normal ou quando pode se tornar um problema?.
A recusa de um prato não é necessariamente motivo para preocupação, mas é importante que os pais e cuidadores estejam atentos ao comportamento alimentar dos pequenos.
A falta de apetite, quando constante, pode indicar algum distúrbio cujo impacto pode afetar negativamente o desenvolvimento da criança. Entretanto, é necessário um ajuste da expectativa da quantidade a ser ingerida.
O primeiro passo é estar atento a sinais como não querer comer absolutamente nada durante a refeição de forma persistente, perda de peso e/ou peso abaixo da faixa da idade.
A ausência de nutrientes como proteínas, ferro, cálcio, vitaminas, potássio e zinco pode desregular funções orgânicas importantes – e descobrir o que está causando a redução da fome é o ponto de partida para reverter esse quadro. Nesses casos, a investigação passa por uma ampla triagem de problemas orgânicos como causas renais, cardíacas e hormonais.
Existem problemas casuais que merecem atenção. A distração causada por brinquedos e telas de TV, celulares e tablets pode atrapalhar a criança na hora da refeição, estimulando-a a querer encerrar rápido.
Outro ponto a ser levado em consideração é o das doenças sazonais, como resfriados, gripes e infecções respiratórias, que reduzem o apetite de qualquer pessoa. Estas são momentâneas e após a melhora do quadro, o apetite retorna normalmente.
Existem fases em que os pequeninos não têm interesse em experimentar novos alimentos. Chamados de alimentação seletiva, eles costumam fugir de determinados alimentos, mas não de todos. Seja qual for o caso, é importante traçar estratégias para driblar a resistência durante as refeições.
Separamos 5 dicas para ajudar você a estimular o apetite das crianças de forma saudável e divertida. Confira!
1. Respeite os horários das refeições
A criança deve se alimentar de cinco a seis vezes por dia, tomando café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia, se necessário; sempre nos mesmos horários porque isso educa o organismo a sentir fome na mesma hora. Outro cuidado importante é não comer uma hora antes dos horários das refeições, pois assim é mais fácil que a criança tenha apetite para a refeição principal.
2. Dê o exemplo
Não pense que vai criar um filho fã de frutas e verduras se você só come no fast food. Em casa, tenha, preferencialmente, alimentos frescos, como legumes e frutas, além de massas, arroz e pão, devendo evitar os alimentos industrializados e preparados, pois estes alimentos, embora tenham mais sabor, são prejudiciais à saúde quando consumidos diariamente e, levam a criança a não gostar do sabor dos alimentos saudáveis, porque são menos intensos. Façam refeições juntos. O exemplo é muito importante no molde do comportamento.
3. Sem exageros na quantia
As crianças não precisam ter o prato muito cheio de comida, porque basta pequenas quantidades de cada alimento para se manter nutrida e saudável. É normal o pequeno entre os 2 e os 6 anos ter menos apetite, pois esta é uma fase de crescimento mais lenta. Comer menos da metade do que foi colocado no prato pode ter sido o suficiente para aquele momento – e cabe aos pais entender a necessidade de cada criança.
4. Inclua a criança na escolha e no preparo dos alimentos
Levar seu filho à feira ou ao supermercado estimula o interesse dele pelos alimentos e é uma boa oportunidade para explicar de onde aqueles ingredientes vêm. Na hora das preparações, vale deixar a criança lavar as frutas, verduras e os legumes. Você também pode incluí-la no processo de cozinhar, organizar a fruteira e levar os alimentos à mesa (se a idade permitir).
Fazer pratos divertidos e coloridos, misturando alimentos que a criança mais gosta, com aqueles que ela gosta menos, é uma opção para fazer a criança comer legumes. Assim, por meio de pratos divertidos e coloridos, é possível deixar a criança entretida e estimular o seu apetite.
5. Apetite Infantil: Nada de barganhas ou castigos
Barganhar com a criança – prometendo a sobremesa só para quem come tudo ou o videogame para quem comer os legumes – não é recomendado por ensinar pouco sobre a importância da alimentação para a saúde. Nesse sentido, tenha em mente o que quer ensinar para o seu filho. E lembre-se: hábito alimentar é um processo evolutivo que requer boas orientações, paciência e persistência.
A Dra. Anna Dominguez Bohn, pediatra geral, especialista em Terapia Intensiva Pediátrica e especialista em síndrome de Down, está comprometida com o pleno crescimento e desenvolvimento do seu filho. Clique aqui e agende agora uma consulta!
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