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Como identificar hipotonia em crianças

Postado em: 22/01/2024

A Hipotonia é um termo clínico para tônus ​​​​muscular fraco. Tônus ​​​​muscular significa basicamente a quantidade de tensão nos músculos quando estão em repouso. Na alteração, há pouca resistência nos músculos. Este sinal precoce pode indicar uma condição crônica, como distúrbio neuromuscular, doença genética ou doença metabólica.

Como identificar hipotonia em crianças

Como o tônus muscular em repouso é o que permite ao corpo se sustentar enquanto está sentado, deitado, em pé ou realizando qualquer atividade, a hipotonia pode ter um impacto no funcionamento de órgãos e, principalmente, na parte motora, levando a atrasos no desenvolvimento se a condição estiver presente na infância. 

Em muitos casos, a hipotonia está presente desde o nascimento, geralmente associada a doenças congênitas, embora possa estar presente também na idade adulta. 

Bebês com hipotonia apresentam uma musculatura mais fraca e amolecida, com membros que parecem uma boneca de pano, demonstrando pouco controle da cabeça. Por este motivo, é comum chamar essa condição em crianças de “síndrome do bebê mole”.

Este artigo explora em detalhes os sinais, causas, testes diagnósticos e opções de tratamento da hipotonia. Compreender esses aspectos é fundamental para uma abordagem eficaz e o desenvolvimento saudável.

Sintomas

Hipotonia descreve a ausência de tônus ​​muscular, evidenciada por diversos sinais:

Membros estendidos: a maioria dos bebês descansa com os cotovelos e joelhos flexionados. Aqueles com hipotonia relaxam com as articulações e membros estendidos.

Marcos atrasados: bebês com hipotonia não atingem os marcos de desenvolvimento, como sustentar a cabeça, rolar, sentar ou aprender a andar na idade esperada.

Problemas de alimentação: indivíduos com hipotonia não conseguem sugar ou mastigar por períodos prolongados, levando a complicações na alimentação e ingestão inadequada de calorias.

Atrasos na fala: bebês e crianças com hipotonia têm dificuldades no aprendizado da fala e expressão.

Dificuldades respiratórias: a ausência de tônus ​​nos músculos do peito compromete a respiração, resultando em respiração superficial.

Língua saliente: a boca frequentemente permanece aberta, e a língua pode projetar-se para fora. 

Luxações articulares: luxações nas articulações do quadril, mandíbula e pescoço são comuns em pessoas com hipotonia.

Causas

Diversos fatores podem ocasionar hipotonia em bebês, crianças e adultos. O controle do tônus muscular é regulado pelos sinais provenientes do cérebro para os nervos dos músculos. Quando há dano em qualquer um desses componentes, a hipotonia pode ocorrer.

Danos ao cérebro, medula espinhal, nervos ou músculos podem ser responsáveis pela hipotonia, sendo provocados por trauma, fatores genéticos, infecções ou condições médicas subjacentes.

As causas comuns de hipotonia incluem:

  • Síndrome de Down: chamada também de trissomia 21 é a alteração genética mais comum.
  • Distrofia muscular: nove doenças hereditárias que causam fraqueza muscular.
  • Paralisia cerebral: deficiência motora que afeta o cérebro e os músculos.
  • Síndrome de Prader-Willi: doença genética marcada por problemas alimentares na infância.
  • Distrofia miotônica: um tipo de distrofia muscular com perda progressiva de força nos músculos esqueléticos e órgãos internos.
  • Doença de Tay-Sachs: doença genética rara e geralmente fatal que resulta na destruição de células nervosas.

Diagnóstico

A hipotonia é identificada na infância devido ao atraso nas habilidades motoras. Bebês com hipotonia não conseguem alcançar marcos motores finos ou grossos devido à falta de força e controle muscular.

Após a descoberta da hipotonia, o próximo passo é determinar sua causa subjacente, normalmente por meio de uma visita a um neurologista pediátrico.

O processo diagnóstico inicia-se com um exame físico para avaliar o sistema nervoso e a função muscular. Dependendo dos sintomas, um ou mais dos seguintes testes podem ser recomendados:

  • Tomografia computadorizada (TC).
  • Ressonância magnética (RM).
  • Eletromiografia (EMG). 
  • Eletroencefalograma (EEG).

Quando a hipotonia não possui uma causa identificada, é chamada de hipotonia congênita benigna.

Tratamento

O tratamento da hipotonia varia conforme a causa subjacente. Após o diagnóstico, o plano de tratamento é desenvolvido com base na condição ou lesão subjacente. Uma vez que a origem é abordada, o médico ajuda o paciente a controlar os sintomas.

Duas formas de tratamento eficazes para a hipotonia são a fisioterapia e a terapia ocupacional. Um fisioterapeuta auxilia no alongamento e fortalecimento muscular ao longo do tempo, enquanto um terapeuta ocupacional, especializado em habilidades motoras finas, oferece educação e treinamento em técnicas de utilização dessas habilidades, além da integração com seu uso no cotidiano.


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