Saiba como proteger as crianças contra doenças respiratórias no outono e no inverno

Os dias mais frios e secos do outono e inverno acendem alerta para o aumento da circulação dos vírus causadores de doenças respiratórias, como bronquiolite, gripe e pneumonia. Os bebês e as crianças são alvos frágeis.

Destacam-se o vírus sincicial respiratório (VSR), o influenza, parainfluenza, bocavirus humano, vírus metapneumônico, adenovírus e o rinovírus.

Para os pequenos, especialistas apontam o VSR, causador da bronquiolite, como um dos mais perigosos. Em abril de 2023, ele foi responsável por 48,6% dos casos
de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo para os pequenos. 

Embora para o VSR ainda não tenhamos vacina disponível, levar às crianças para tomar a vacina contra a gripe reduz a chance de problemas respiratórios por esses outros vírus que também são perigosos. Isso diminui a própria exposição das crianças ao vírus sincicial.

Bronquiolite: aumentam os casos de internações de crianças

O vírus sincicial respiratório, um dos principais causadores de bronquiolite, é hoje a maior causa de internação de crianças com até 4 anos de idade no Brasil, aponta boletim do InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado em abril de 2023. 

A bronquiolite é uma inflamação aguda dos bronquíolos, ou seja, das ramificações mais finas que conduzem o ar para dentro dos pulmões. A doença é provocada na maioria das vezes por vírus – sendo o VSR o principal agente causador. Ele é um vírus bastante comum, que sempre circulou no país, mas é potencialmente mais preocupante em bebês e crianças com até 2 anos, já que a infecção atinge o trato respiratório inferior e pode evoluir para um desconforto respiratório pela baixa saturação de oxigênio, necessitando de internação. Quanto mais nova a criança, maior a chance de internação.

Geralmente a criança começa com sintomas muito parecidos com resfriado, com nariz escorrendo, tosse discreta, obstrução nasal. Já os bebês, por terem o narizinho muito pequeno, costumam ter dificuldade para mamar. A infecção pode atingir o pulmão causando a inflamação dos bronquíolos e aumento da produção de secreção, tosse, cansaço e dificuldade para respirar e chiado.

Por volta do quinto ao sétimo dia, os sintomas tendem a ficar um pouco mais leves e a tosse vai desaparecendo devagar. Nem sempre a criança terá febre no período.

Como proteger contra as doenças respiratórias

• Mantenha a carteirinha de vacinação em dia.
• Aleitamento materno, principalmente antes dos seis meses e até quando for possível.
• Hidratação e alimentação saudável com frutas, legumes e verduras, para fortalecer o sistema imunológico.
• Sono: as crianças devem dormir 8 horas por dia e os adolescentes, 9 horas. Para manter o bem-estar, eles precisam dormir um pouco mais. Os adolescentes ficam acordados e nas telas até muito tarde. A privação do sono pode causar infecções.
• Ambientes arejados: vale para qualquer lugar, inclusive nas escolas e creches. Não mandem os filhos doentes para a escola. Na sala de aula, os professores devem ficar atentos a sintomas respiratórios, como espirro e tosse, além de febre. O ideal é tirar o aluno da sala e chamar os pais.
• Incentive a higiene das mãos e a respiratória, com a limpeza das vias aéreas. Nos pequenos, cuidado com o compartilhamento dos brinquedos.
• Evite o contato com a criança enquanto estiver doente. Um resfriado simples para um adulto pode ser muito grave para ela. O senso de higiene, de proteção ambiental a partir do momento que temos alguém doente, e o objetivo de proteger as crianças contra a infecção são fundamentais.
• A máscara diminui a chance de ter qualquer doença respiratória. Quem está com sintomas gripais deve usá-la se precisar ter contato com crianças.
  

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