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Algum alimento é tóxico para meu filho T21?

Postado em: 10/04/2023

Se você é pai ou mãe de uma criança com Síndrome de Down, também conhecida como Trissomia do cromossomo 21, pode ter algumas dúvidas sobre a introdução alimentar do seu filho. É importante saber que essa síndrome não é uma doença, mas uma condição genética que pode afetar o desenvolvimento físico e intelectual da criança. E isso inclui a alimentação.

Algumas crianças com síndrome de Down podem ter dificuldades para se alimentar, devido a problemas como refluxo gastroesofágico e dificuldades motoras na mastigação e deglutição. Por isso, a introdução de novos alimentos precisa ser feita de maneira cuidadosa e gradual.

Mas será que existe algum alimento que é tóxico para menores com Trissomia do 21? Na verdade, não há alimentos que sejam tóxicos para essas crianças. No entanto, é importante evitar alimentos duros ou fibrosos, que podem ser difíceis de mastigar e engolir no processo inicial da introdução alimentar. Com a evolução da introdução, mesmo sem os dentes, é importante progredir as consistências caso não haja preocupações com a deglutição para o estímulo da mastigação e a própria descida dos dentes. 

É recomendado que os pequenos tenham uma alimentação equilibrada, com alimentos ricos em nutrientes, como frutas, verduras, legumes, carnes magras e cereais integrais. Evitar excesso de carboidratos e de consumo de carne vermelha, para evitar sobrepeso e obesidade.

tóxico para meu filho T21

Alimentação de crianças com síndrome de Down (T21)

Uma alimentação balanceada é essencial para o crescimento e a manutenção da saúde. Aprender a comer de forma saudável desde os primeiros anos é fundamental para qualquer pessoa, mas pode trazer resultados ainda mais importantes para as crianças com síndrome de Down. Isso porque elas nascem com hipotonia (diminuição do tônus muscular). Como resultado, gastam menos energia do que outras crianças e podem apresentar tendência à obesidade ao longo da vida.

A hipotonia pode levar também à constipação intestinal (prisão de ventre) crônica, uma vez que o tecido muscular do intestino grosso não consegue realizar os movimentos peristálticos com força o suficiente para evacuação. 

Recém-nascidos

Ao nascer, o melhor alimento para o bebê é o leite materno

O aleitamento materno é o primeiro “exercício de fonoaudiologia” do bebê, já que seus movimentos são fundamentais para exercitar e fortalecer a musculatura da boca e da mandíbula. A amamentação previne também a inflamação do ouvido, algo comum em bebês que se alimentam com mamadeira, e a obesidade infantil.

Alimentos pastosos e sólidos

Quando o bebê começa a ingerir alimentos pastosos (papinhas), é fundamental que a mãe evite o uso do liquidificador. Ao comer alimentos amassados com garfo, a criança evita dificuldades de mastigação e deglutição no futuro.

Quando inserir alimentos sólidos (como frutas e verduras), o pequeno poderá sentir um pouco de constipação. Nesse caso, é preciso verificar se ele está ingerindo líquidos e fibras o suficiente.

É importante acostumar a criança desde pequena a alimentos saudáveis, evitando massas, gorduras e doces. O consumo de alimentos ricos em zinco (nozes e castanhas) e selênio (sardinha e castanha-do-pará) têm efeito antioxidante e reforçam o sistema imunológico.

Pesquisas indicam que crianças com síndrome de Down podem ser mais intolerantes à lactose e ao glúten (doença celíaca), além de terem tendência ao hipotireoidismo. Por isso, os pais devem levar o bebê regularmente ao médico para verificar se existe algum diagnóstico relacionado a essas questões e ajustar a dieta.

Alimentos que devem ser evitados:

  • Farinha branca
  • Açúcar
  • Leite de vaca e derivados


Alimentos que devem ser consumidos:

  • Verduras
  • Frutas
  • Fibras
  • Farinha integral
  • Arroz integral
  • Quinoa
  • Carnes magras
  • Peixes
  • Castanha-do-pará

É importante lembrar que cada criança é única e pode ter necessidades e preferências diferentes em relação à alimentação. Por este motivo, é fundamental que a introdução alimentar seja feita sob supervisão de um pediatra, que poderá orientar as melhores escolhas e quantidades de alimentos para cada caso específico.

Entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Anna Domingues Bohn, especialista em Terapia Intensiva Pediátrica com ênfase em atendimento de crianças com síndrome de Down!

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