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Introdução alimentar: BLW ou método tradicional?

A prática do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida influencia positivamente o crescimento adequado do recém-nascido, sendo o leite materno o alimento completo para os bebês. No entanto, a partir dos seis meses de idade as necessidades nutricionais aumentam e a introdução dos alimentos complementares deve ser iniciada.

A introdução alimentar é caracterizada como uma fase transitória, que consiste na oferta de novos alimentos ao pequeno, como complemento e não como substitutos do leite materno, sendo este incentivado até dois anos de idade ou mais.

Apresentar novos alimentos para seu filho requer uma atenção especial, pois as práticas alimentares no primeiro ano de vida são experiências que influenciam na formação de hábitos alimentares, que poderão ser propagados até a vida adulta, sendo fundamental também a construção de memória alimentar positiva nessa fase, criando desde o princípio, uma relação saudável com o alimento.

É comum os pais terem dúvidas em relação à nova rotina alimentar da criança. Por isso, neste artigo, vamos explicar as vantagens e desafios dos diferentes métodos de introdução alimentar: participativo e BLW.

Introdução alimentar

Introdução alimentar participativa 

O método participativo baseia-se na introdução gradual dos novos alimentos na rotina alimentar da criança com gerenciamento e supervisão dos pais ou cuidadores. A orientação inicial envolve a oferta de preparações em forma de papas (não liquidificadas) e purês, para facilitar a deglutição do bebê e evitar um possível engasgo com o alimento.

A alimentação complementar é adaptada conforme as necessidades e o desenvolvimento da habilidade de coordenação da mastigação e deglutição da criança, aumentando-se gradativamente a consistência e a variedade dos alimentos. Os purês e papas são substituídos por alimentos picados, desfiados ou cortados em cubos pequenos, até chegar à dieta da família, que deve ocorrer em torno dos 12 meses de idade.

Nessa abordagem, os pais ou cuidadores administram a refeição, mas permitindo que a criança toque e explore os alimentos, respeitando sinais de interesse e saciedade. Geralmente, os cuidadores utilizam uma colher de silicone para oferecer os alimentos. A observação da quantidade, qualidade, ritmo e duração da refeição é chave nesse processo para uma boa introdução e sedimentação das refeições posteriormente. 

Vantagens:

  • Maior controle dos pais na quantidade e ritmo da alimentação da criança; 
  • Evita o desperdício de alimentos; 
  • A apresentação dos alimentos respeita os sinais de maturidade do bebê, em seu desenvolvimento oral e neuropsicomotor.

Desafios:

  • Exige maior dedicação no preparo de um cardápio direcionado para a criança;
  • Dificulta o reconhecimento do sinal de saciedade pelo bebê;

​Método BLW

O chamado Baby-ledWeaning (Desmame Guiado pelo Bebê) consiste em oferecer a comida em pedaços e permite que o bebê se sirva sozinho. O método tem ganhado cada vez mais adeptos pelo mundo. A idéia principal é não oferecer um prato diferente aos bebês, mas, sim, deixar que eles se sentem à mesa e participem das refeições familiares já a partir dos 6 meses de vida. Os pais colocam os alimentos cortados, em formatos seguros ao alcance e eles escolhem quando e como levar os pedaços à boca.

É uma abordagem alternativa ao método tradicional participativo, pela oferta de alimentos complementares em pedaços maiores, na forma de tiras ou bastões para o pequeno experimentar e descobrir texturas e sabores com as próprias mãos. O método BLW confere total autonomia ao seu filho, dando-lhe todo o controle sobre a quantidade de alimento ingerido e o tempo de duração da refeição, criando assim o seu hábito alimentar, favorecendo o reconhecimento do sinal de saciedade.

Vantagens:

  • O bebê desenvolve maior autonomia e interesse durante as refeições;
  • Os pais não precisam preparar alimentos exclusivos para a criança;
  • Não há interferência dos pais no controle da saciedade do pequeno;
  • Aumenta o compartilhamento das refeições em família, o que pode encorajar padrões de alimentação saudável a longo prazo.

 Desafios:

  • Sujeira e bagunça durante as refeições;
  • Pode levar a problemas nutricionais com perda de peso para aqueles que apresentam ganho de peso e crescimento limítrofe;
  • Não pode ser utilizado em crianças com preocupações quanto ao desenvolvimento neuro-psico-motor inicialmente;
  • Perde-se a referência por parte dos pais do real consumo dos alimentos pelo bebê.

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